Ex-presidentes de Colômbia e Bolívia visitam opositor venezuelano

  • Por Agencia EFE
  • 29/05/2015 04h26

Caracas, 28 mai (EFE).- Os ex-presidentes da Colômbia, Andrés Pastrana, e Bolívia, Jorge Quiroga, visitaram nesta quinta-feira o prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, que é mantido em prisão domiciliar, e agradeceram ao líder venezuelano, Nicolás Maduro, essa possibilidade.

“Queremos agradecer ao presidente Maduro, acredito que é isto o que estávamos esperando, que tivéssemos a possibilidade, como democratas que somos, de poder visitar Antonio (Ledezma) em sua recuperação, portanto agradecemos”, afirmou Pastrana aos jornalistas em frente à residência do prefeito da capital.

Ledezma foi detido no dia 19 de fevereiro por supostamente conspirar contra o governo e ficou na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas, até que obteve a prisão domiciliar para se recuperar de uma cirurgia de uma “hérnia inguinal reproduzida”.

Pastrana disse que encontrou Ledezma “em muito bom estado” e considerou uma “importante mensagem” a possibilidade de ter passado um tempo com ele em sua casa.

“Esperamos que da próxima vez que viermos aqui, e que seja em breve, (Ledezma) esteja em liberdade”, acrescentou.

Nenhum dos dois esclareceu se a autorização para visitar o prefeito foi concedida diretamente pelo presidente venezuelano.

Para o ex-governante colombiano, o fato de poder visitar Ledezma abre uma possibilidade para que também possam visitar nesta sexta-feira os outros políticos também presos, Leopoldo López e Daniel Ceballos, uma ideia que foi compartilhada por seu colega boliviano.

Quiroga também agradeceu Maduro pela autorização para visitar o prefeito metropolitano em um encontro que, segundo o boliviano, “representa um passo pequeno, mas significativo para o que todos nós queremos: paz e diálogo para a Venezuela”.

Por sua vez, Mitzy Capriles, esposa de Ledezma, agradeceu a visitas dos ex-presidentes e afirmou que espera que “esta seja a chave que vai abrir a porta da liberdade de nossos presos políticos”.

Ledezma, Ceballos e López são considerados pela oposição como “presos políticos”.

Pastrana e Quiroga se encontram na Venezuela para respaldar os pedidos de López que, em um vídeo divulgado no último sábado, informou que começaria uma greve de fome junto com Ceballos até o cumprimento de uma série de exigências por parte do Executivo venezuelano.

Estas consistem na libertação dos “presos políticos”, o fim da repressão e da censura e a fixação de uma data para as eleições parlamentares que devem contar, além disso, com observação internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia (UE).

Nesse vídeo, López também convocou os venezuelanos para uma manifestação no próximo sábado em apoio a suas reivindicações.

Quiroga anunciou hoje que participará da manifestação, um convite que Pastrana declinou. EFE

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