Ex-preso de Guantánamo pede asilo para antigos companheiros na Argentina

  • Por Agencia EFE
  • 12/02/2015 12h11

Buenos Aires, 12 fev (EFE).- Jihad Ahmed Mustafa Diyab, ex-prisioneiro sírio de Guantánamo e um dos seis réus libertados em dezembro como parte de um acordo entre os governos americano e uruguaio, viajou à pediu Argentina e asilo para seus ex-companheiros da prisão, afirmou ele em entrevista divulgada nesta quinta-feira.

“Os presos em Guantánamo sofrem muito. Antes de sair de lá estava em um lugar onde recebia comida à força, com um tubo que passava pelo nariz”, denunciou Diyab em diálogo com quatro veículos de comunicação argentinos, para os quais disse ser inocente e revelou ter sido torturado durante os 12 anos em que ficou na base americana.

“Um companheiro de cela do Iêmen pediu para que eu nunca os esquecesse. E bom, eu me emocionei muito. Nunca vou esquecer os companheiros que estão lá e é por isso que vim para aqui para lutar. O governo argentino, por exemplo, pode receber presos de Guantánamo aqui de forma humanitária”, acrescentou.

Jihad Ahmed Mustafa Diyab, de 43 anos, foi preso no Paquistão como suspeito de integrar células terroristas da Al Qaeda em 2002. Ficou mais de 12 anos em Guantánamo sem que o governo americano formulasse acusações formais e foi libertado em dezembro do ano passado, quando foi enviado ao Uruguai.

Segundo o ex-presidiário, ele não quis voltar a seu país por conta da instabilidade. Vestido com o uniforme laranja de Guantánamo durante a entrevista, ele lamentou a perseguição e detenção de sua mulher na Síria e disse querer reencontrar a família o quanto antes, mas não detalhou o lugar onde quer fixar residência. EFE

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