Ex-primeiro-ministro búlgaro recebe incumbência de formar governo

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 12h19

Sófia, 5 nov (EFE).- O presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev, entregou nesta quarta-feira a incumbência de formar o governo ao ex-primeiro-ministro conservador Boiko Borisov, que deixou o poder em fevereiro de 2013, após uma onda de protestos populares.

“Todos sabemos da necessidade de estabilidade política. E isso se consegue tão somente através de instituições que funcionem. Desejo que Borisov encontre a fórmula adequada para a estabilidade do Estado”, declarou hoje Plevneliev em um discurso na sede presidencial.

O partido liderado por Borisov, o Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), formou uma coalizão com outro partido conservador, o Bloco Reformador, mas devem seguir sondando outros potenciais parceiros porque não têm maioria no parlamento búlgaro de 240 cadeiras.

Nas eleições de 5 de outubro, o GERB ficou em primeiro lugar com 84 cadeiras, e o Bloco Reformador obteve 23. Ambas as formações devem se reunir hoje com a Frente Patriótica, que conta com 19 deputados, para buscar seu respaldo. Essas três formações contariam com uma maioria absoluta de 126 cadeiras no parlamento.

Borisov, em uma breve declaração à imprensa, disse que não esgotará o prazo oficial de uma semana para submeter seu governo a votação no parlamento e afirmou que ou bem anuncia amanhã seu Executivo ou devolve a incumbência à presidência.

A presidente do parlamento, Tsetska Tsacheva, do GERB, indicou aos jornalistas hoje que o próximo governo poderia se submeter ao voto de confiança da câmara já nesta sexta-feira. Nenhum partido alcançou uma maioria suficiente para governar nos pleitos legislativos anteriores, o segundo em 18 meses e dos quais saiu um parlamento muito fragmentado.

A crise política na Bulgária, o país mais pobre da União Europeia, começou em fevereiro de 2013 com a renúncia do Executivo liderado por Borisov, devido a uma onda de protestos contra o alto preço da energia.

Depois, foram realizadas eleições antecipadas que outorgaram o poder a um Executivo de tecnocratas, respaldado no parlamento pelos socialistas e a minoria turca. Esse grupo não conseguiu aplacar os protestos e renunciou em julho passado, com apenas um ano no poder. EFE

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