Exército iraquiano evita ataque contra cidade próxima à capital Bagdá

  • Por Agencia EFE
  • 17/06/2014 09h10

Bagdá, 17 jun (EFE).- O Exército do Iraque conseguiu evitar nesta terça-feira um ataque dos rebeldes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) contra a cidade de Baquba, situada a cerca de 60 quilômetros da capital Bagdá.

A Chefia de Operações da província de Diyala informou que as tropas conseguiram frear a ofensiva insurgente nos bairros de Al Katun, Al Mefraq e Al Moalemin, todos em Baquba, capital da província citada, informou a televisão oficial “Al-Iraquiya”.

No entanto, membros do EIIL conseguiram invadir a delegacia de Al Mefraq, no oeste da cidade, e mataram 52 presos.

O porta-voz do Exército, Qasem Ata, disse à televisão estatal que os “terroristas chegaram ao local com bombas e granadas em uma tentativa de libertar os presos”. Mas, como os projéteis caíram na sala onde os presos se encontravam, todos acabaram morrendo na ação.

Na sequência, em intensos confrontos com as forças de segurança, nove extremistas e dois policiais morreram, enquanto outros seis militares ficaram feridos, indicou a nota oficial.

As autoridades iraquianas mantêm que a ofensiva no norte do país é obra apenas do EIIL, embora este grupo tenha o apoio de outros grupos sunitas que se opõem ao governo do xiita Nouri al-Maliki.

Além disso, em duros confrontos ao norte de Baquba, quase 20 insurgentes morreram pelas mãos dos militares, 12 deles nos arredores da cidade de Al Azim.

As forças de segurança também confirmaram a morte de outros sete combatentes do EIIL, entre eles dois estrangeiros, na cidade de Al-Meqdadiya, ao nordeste de Baquba.

As autoridades não divulgaram números de baixas em suas fileiras nestes combates em Diyala.

Ontem, o EIIL assumiu o controle da estratégica cidade iraquiana de Tal Afar, localizada entre a cidade de Mossul e a fronteira com a Síria.

O EIIL, que defende a criação um “califado islâmico” entre Síria e Iraque, não só pretende se fortificar no norte desse segundo país, mas também ameaça chegar até Bagdá e aos santuários xiitas de Karbala e Najaf, no sul. EFE

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