Exército iraquiano recupera parte de Tikrit, um dos redutos insurgentes
Bagdá, 15 jul (EFE).- O exército iraquiano anunciou nesta terça-feira que recuperou grande parte da cidade de Tikrit e um complexo de palácios presidenciais das mãos dos insurgentes sunitas, durante uma nova ofensiva para controlar a urbe.
Tikrit, a cerca de 170 quilômetros de Bagdá e terra de Saddam Hussein, está dominada pelos insurgentes há cerca de um mês e já foi alvo há duas semanas de outra grande operação militar.
Esse novo ataque hoje à cidade, denominado “Espada cortante”, inclui incursões terrestres com tanques de vários pontos, respaldadas por bombardeios da aviação contra redutos do radical Estado Islâmico (EI).
O exército iraquiano conta com a colaboração do departamento de luta antiterrorista e do de operações especiais, assim como de voluntários “para libertar Tikrit da garras dos ratos do EI”, explicou em comunicado o Ministério da Defesa.
De acordo com a pasta, duas horas depois do início da ofensiva as tropas conseguiram recuperar grande parte da cidade e controlar a maioria dos edifícios governamentais e a Academia de polícia.
Além disso, içaram a bandeira iraquiana no citado complexo de palácios presidenciais da época de Saddam Hussein.
Os combates na província de Saladino, cuja capital é Tikrit, foram muito intensos desde finais de junho e causaram dezenas de mortos.
Em 3 de julho, o exército iraquiano ficou com o controle da cidade de Auja, a população natal de Saddam, cujos partidários lutam junto ao EI contra o governo iraquiano.
O que fora “número dois” do regime do falecido ditador, Izzat Ibrahim al-Douri, em paradeiro desconhecido, pediu nesta semana aos jihadistas e os insurgentes que se mantenham unidos e continuem com “a libertação” do Iraque.
O Iraque vive uma grave crise desde que em 10 de junho grupos insurgentes sunitas tomaram o controle de Mossul, a segunda cidade do país, e de lá progrediram por outras zonas do norte e o centro.
O EI declarou, além disso, em 29 de junho um “califado islâmico” que abrange da província síria de Aleppo à iraquiana de Diyala, uma decisão rejeitada por outros grupos rebeldes dos dois países. EFE
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