Exército paquistanês toma controle de escola onde talibãs mataram mais de 100

  • Por Agencia EFE
  • 16/12/2014 14h26

Islamabad, 16 dez (EFE).- O exército do Paquistão conseguiu retomar o controle de uma escola atacada nesta terça-feira por talibãs e onde pelo menos 136 pessoas morreram e 100 ficaram feridas, em sua maioria menores de idade, informou à Agência Efe um porta-voz da polícia, Seid Wali.

Segundo ele, foi por volta das 18h20 locais (11h20 de Brasília) que os militares assumiram o controle da escola, que fica em Peshawar, no noroeste do país. Após matar ao menos seis criminosos dentro do colégio, o exército iniciou uma operação contra os talibãs na cidade e posteriormente a ampliou ao resto da província de Khyber Pakhtunkhwa para buscar outros insurgentes, afirmou o porta-voz.

A maior parte dos mortos e feridos é de meninos entre 7 e 17 anos que estudavam neste colégio administrado pelos militares quando começou o ataque, antes do meio-dia, com a entrada de um grupo de talibãs que usava uniformes do exército. Os insurgentes abriram fogo e lançaram granadas na direção dos jovens e professores, disse Wali.

Testemunhas contaram à imprensa local que os talibãs foram de sala em sala atirando nos estudantes.

O diretor-geral do escritório de relações públicas do exército (ISPR), Asim Bajwal, declarou em sua conta no Twitter que “seis terroristas” morreram na operação de resgate, embora alguns sites e jornais tenham elevado o número a nove.

Os militares tiveram dificuldades na operação porque os talibãs colocaram explosivos dentro do colégio, segundo Bajwal.

O principal grupo talibã paquistanês, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do ataque e alegou que, “para o “exército”, suas famílias “são alvos” nas operações militares contra os insurgentes nas regiões tribais do Waziristão do Norte e de Khyber.

“Queremos que sintam nossa dor”, disse o grupo em comunicado, no qual acrescentou que entre seus membros que participaram do ataque estavam “suicidas” com “ordens de atirar nos estudantes mais velhos, mas não nas crianças”, como reproduziram jornais paquistaneses.

O ataque de hoje é um dos piores dos últimos anos no país asiático, que viveu no começo de novembro um atentado que deixou 57 mortos e 112 feridos no posto de fronteira de Wagah, entre o Paquistão e a Índia.

O exército paquistanês realiza uma campanha desde junho nas regiões do Waziristão e de Kyhber com contínuos bombardeios e operações terrestres que, de acordo com fontes oficiais, causaram mais de 1.100 mortes. EFE

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