Exército recebe primeiro lote de 13 unidades do Guarani, seu novo blindado

  • Por Agencia EFE
  • 24/03/2014 18h43

Rio de Janeiro, 24 mar (EFE).- O exército recebeu nesta segunda-feira o primeiro lote de 13 unidades do Guarani, um novo modelo de blindado que ajudou a desenvolver e com o qual pretende substituir os antigos Cascavel e Urutu, também de fabricação nacional.

Os blindados foram apresentados na 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná, em cerimônia com a participação do comandante do exército, Enzo Peri, informou o Ministério da Defesa.

As primeiras unidades do novo modelo de blindado das Forças Armadas, fabricado pela multinacional italiana Iveco com participação do Brasil, serão destinadas a unidades militares no sul do país.

Trata-se do primeiro lote de um total de 86 blindados que o Ministério da Defesa encomendou em agosto de 2012 por US$ 240 milhões.

O chamado VBTR-MR Guarani é um blindado anfíbio sobre rodas para o transporte de tropas que coloca o país novamente no competitivo mercado internacional de veículos militares.

O veículo foi desenvolvido em conjunto por engenheiros do exército e da Iveco, uma subsidiária de Fiat, e suas primeiras versões contam com 60% dos componentes de origem nacional. A previsão é que essa participação seja elevada até 90%.

O Guarani, que transporta até 11 militares e pode andar tanto em terra como em água, alcança uma velocidade de até 110 km/h e tem uma autonomia de 600 quilômetros.

O blindado conta com uma torre para canhão de 30 milímetros e também pode ser equipado com metralhadoras ponto 50 e 7,62 milímetros, segundo o Ministério da Defesa.

O Guarani, que navega com GPS e conta com visão noturna e laser, tem uma montagem de tipo modular, o que permite que, segundo as necessidades, seja equipado com outras armas, sensores, sistemas de comunicação e até torres.

Essa mesma vantagem permite que o veículo seja produzido em diferentes versões, como veículo ligeiro de ataque, de reconhecimento armado, oficina e ambulância.

A produção do veículo no país permite ao Brasil retornar ao mercado internacional de blindados, do qual estava ausente há mais de 15 anos após a quebra da Engesa, a fabricante dos blindados Cascavel, Urutu e Jararaca.

O novo modelo inclusive já despertou o interesse da Argentina, que encomendou 14 unidades. EFE

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