Exílio diz que “torturas psicológicas” causaram morte de opositor venezuelano

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2015 14h10

Miami, 13 mar (EFE).- O grupo Venezuela Awareness Foundation (VAF) de Miami expressou nesta sexta-feira seu profundo pesar pela morte, aparentemente um suicídio, do opositor venezuelano preso Rodolfo González, e disse que ela foi causada por “torturas psicológicas”.

“Esta decisão extrema de Rodolfo González na cela do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência) foi produto da forte tortura psicológica que sofreu desde o momento de sua detenção, em 26 de abril de 2014”, disse a organização em um comunicado.

Além disso, o grupo alertou a comunidade internacional sobre a intensificação dos mecanismos de “vingança contra os presos políticos por parte do regime venezuelano”, que poderia ser adotada após as sanções implementadas pelos Estados Unidos contra funcionários do governo de Nicolás Maduro supostamente envolvidos com violações dos direitos humanos.

González, detido durante os protestos antigovernamentais do início de 2014, foi encontrado morto em sua cela, segundo informou hoje sua filha, Lissette González, que não explicou as causas de sua morte.

“Estamos saindo do Sebin. Lamento confirmar que meu papai morreu ontem à noite (quinta-feira 12 de março)”, informou González em mensagem divulgada pelo Twitter, horas após ter anunciado que seu pai seria levado para uma penitenciária.

A organização afirmou que possivelmente o “psicoterror foi aumentado nas últimas horas, antes de o informarem sobre a transferência”.

“Recebemos informes que Rodolfo González foi submetido nos últimos dias a torturas psicológicas fortes por funcionários do Sebin, nas quais lhe diziam que seria transferido para uma prisão de presos comuns de alta periculosidade, que era um criminoso e como tal seria tratado”, disse o comunicado da VAF. EFE

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