Expectativa de mudanças em Cuba multiplica a presença de turistas na ilha
São Paulo, 24 abr (EFE).- A expectativa de mudanças em Cuba, que passa por um processo de aproximação com os Estados Unidos, multiplicou o número de turistas que querem conhecer a ilha como é desde a revolução de 1959, destacou nesta sexta-feira a direção de turismo de Cuba, Havanatur.
A explosão de turistas em busca de experiências exclusivas no país, que há décadas parou no tempo, foi um dos assuntos da feira internacional World Travel Market Latin América, que terminou hoje em São Paulo.
“Por enquanto não há nenhuma mudança, mas sem dúvida tivemos uma explosão de visitantes que temem não ter tempo de conhecer o país como é agora”, explicou à Agência Efe María Dolores Rivera, representante da Havanatur.
Rivera lembrou que “as coisas não vão mudar tão rápido, pois a oportunidade de conhecer a ilha como é hoje continuará por mais alguns anos”.
Um dos destinos pouco explorados pelos turistas, mas que se transformou em foco de promoção para o público brasileiro, são os cayos – pequenas ilhas com praias rasas, em recifes de corais – localizados no norte do país.
Lugares como Las Brujas, Guillermo, Santa Maria e Coco têm praias de verdadeira e deslumbrante beleza, e são os destinos turísticos cubanos típicos, com infraestrutura hoteleira oferecendo grande variedade de serviços para que os turistas aproveitem as férias.
Inexplorado até os anos 90, Cayo Coco se tornou um destino turístico depois da abertura de uma estrada, que o conectou a ilha e contribuiu para a exploração desse santuário natural de flora e fauna.
Perto de Cayo Coco está Cayo Guillermo, vinculado à obra do escritor americano Ernest Hemingway, que descreveu o lugar como “verde e promissor”, que o autor homenageou em seu clássico romance “O Velho e o Mar”.
As praias desertas com água do mar com temperatura média de 24°C, faz com que o mergulho seja paradisíaco.
Um turista que vai a Cuba hoje normalmente visita dois destinos: Havana, a capital do país, e as praias e os complexos hoteleiros de Varadero, por isso a agência estatal está focada em oferecer alternativas, como os cayos.
Na capital, os turistas costumam ficar deslumbrados com os carros antigos que circulam pelas ruas desde antes dos embargos continentais, e se encantam com a história viva presente na arquitetura das fachadas da ilha.
Já Varadero, o ponto mais próximo aos Estados Unidos, tem 30 quilômetros de extensão, 22 deles de belas praias e complexos hoteleiros que trabalham com a modalidade “all inclusive”.
Embora tenham como principais visitantes os turistas do Canadá, a agência estatal deseja também atrair turistas da América Latina, que, segundo a representante, têm “muito mais a ver com Cuba e por isso estamos esperando que eles cheguem”.
Em um esforço conjunto, a estatal incluiu várias companhias que oferecem serviços de turismo diferenciados para os turistas brasileiros e, destacou Rivera, “estamos todos juntos para levar esse continente a conhecer nossa ilha”.EFE
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