Falta de conhecimento é razão para rejeição à vacina da gripe, diz especialista
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A campanha de vacinação contra a gripe acontece no país todo desde o início do mês de maio, mas apenas 46% das pessoas do grupo de risco procuraram os postos de vacinação, visando aumentar esse número, o governo estendeu a data limite para 5 junho. Para o diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Luiz Fernando Aranha Camargo, essa baixa adesão é multifatorial. “Não tem sido divulgado nada, mas acredito que seja uma mistura de medo de efeito colateral e o não conhecimento da doença”, afirma.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, o especialista explica que um dos vírus da fórmula é a influenza, o H1N1 popularmente conhecido como gripe suína. “Confundem com gripe, mas é uma doença que pode ser fatal nesse grupo de risco”, alerta.
Camargo ressalta que nos anos anteriores o número de pessoas vacinadas foi maior por causa do medo da influenza. “Nos anos que nos precederam, a adesão foi maior por causa do medo do H1N1. Agora a população baixou um pouco a guarda, mas é importante dizer que esse vírus continua circulando”, e completa, “essa é uma campanha realizada há décadas e não faz sentido mudar o padrão de comportamento agora simplesmente porque não tem mais o risco de pandemia”.
Outro fator para a baixa popularidade da campanha é o receio de apresentar efeitos colaterais depois de recebida a dose. “Existe um medo generalizado de que a vacina produz a gripe, que é um conceito errado. Não justifica o temor da população”, o diretor da SBI também conta que a vacina é considerada “extremamente segura” por especialistas.
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