França garante que não vai tolerar práticas que questionem sua segurança

  • Por Agencia EFE
  • 24/06/2015 07h04

Paris, 24 mar (EFE).- A presidência da França tachou de “inaceitáveis” nesta quarta-feira as supostos escutas feitos pelos Estados Unidos aos três últimos presidentes franceses e assegurou que não vai tolerar “nenhum ato que questione sua segurança e a proteção de seus interesses”.

A reação aconteceu ao final do Conselho de Defesa convocado pelo presidente, François Hollande, para analisar a informação, revelada ontem à noite pelos veículos “Libération” e “Médiapart”, de que a Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos EUA espionaram, pelo menos entre 2006 e maio de 2012, os três presidentes franceses que se sucederam nesse período, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande.

As escutas da NSA nesse período são “fatos inaceitáveis que já foram tratados por Estados Unidos e França, principalmente no final de 2013, no momento das primeiras revelações” e durante a visita de Hollande a esse país em fevereiro de 2014, assinalou a presidência francesa no comunicado.

O gabinete presidencial também ressaltou que as autoridades americanas se comprometeram no passado a pôr fim às escutas indiscriminadas em países aliados e, segundo a França, esses compromissos “devem ser recordados e estritamente respeitados”.

Na manhã de hoje, o porta-voz governamental e ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, garantiu para a emissora “i-Télé” que essas escutas não eram “aceitáveis, nem compreensíveis” entre dois países que frequentemente atuam juntos “em nome da democracia e da liberdade”.

Le Foll destacou que tanto a França como os Estados Unidos são “grandes nações com responsabilidades no mundo” que devem “estar à altura”, e que o objetivo do Conselho de Defesa era “pôr sobre a mesa” essas informações para analisá-las e, eventualmente, pedir explicações.

Além do Conselho, está prevista uma reunião para as 7h15 (horário de Brasília) entre Hollande e cerca de 20 parlamentares, entre eles os representantes do Senado e da Assembleia Nacional, para também analisar a situação e a reação a respeito. EFE

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