França investiga ataque à TV5 e aumenta meios contra o ciberjihadismo

  • Por Agencia EFE
  • 09/04/2015 09h32

Paris, 9 abr (EFE).- O governo francês anunciou nesta quinta-feira que abriu uma investigação sobre o ataque cibernético sofrido ontem à noite pelo canal internacional francês “TV5 Monde” e avançou que serão reforçados os meios judiciais, técnicos e humanos destinados à luta contra o ciberjihadismo.

O ataque foi reivindicado por hackers jihadistas supostamente pertencentes à organização Estado Islâmico (EI) e afetou as antenas e o site do canal, que chega a mais de 257 milhões de lares em mais de 200 países.

O diretor-geral da emissora, Yves Bigot, afirmou hoje que os funcionários foram capazes de recuperar um único sinal no conjunto de seus canais e de divulgar programas gravados anteriormente, mas que ainda não foram encontradas condições de restabelecer a difusão ao vivo.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, considerou hoje através da rede social “Twitter” que esse ataque é uma “afronta inaceitável contra a liberdade de informação e expressão”, e manifestou seu “total apoio à redação”.

O apoio governamental se materializou também em uma visita à sede parisiense da emissora dos ministros das Relações Exteriores, Laurent Fabius, Interior, Bernard Cazeneuve, e Cultura, Fleur Pellerin, após a qual houve um avanço na criação de postos de trabalho adicionais na luta contra o ciberjihadismo.

Cazeneuve apontou que vão ser reforçardos os meios judiciais, técnicos e legislativos para prevenir este tipo de ataques e confiou que a investigação judicial em andamento termine “rapidamente” para identificar seus autores.

A ministra de Cultura anunciou, além disso, que nesta tarde ou amanhã vai se reunir com os dirigentes dos grandes meios audiovisuais do país, em um encontro no qual poderiam participar também representantes de meios escritos, para analisar os pontos fracos ou riscos existentes e a maneira de abordá-los.

“A prioridade deve ser a ciberdefesa e a segurança cibernética”, acrescentou Fabius, que ressaltou que o Executivo deve não só “estar à altura do desafio”, mas se adiantar às estratégias desses grupos terroristas. EFE

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