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França tem de estar preparada para mais ataques, diz François Hollande

Presidente francês François Hollande discursa durante visita ao Instituto Árabe de Paris após atentando contra Charlie Hebdo

O presidente da França, François Hollande, avisou nesta terça-feira (25) que o país “ainda está exposto” e tem de se preparar para novos incidentes, depois que passageiros de um trem evitaram um ataque na semana passada.

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“A agressão que ocorreu na sexta-feira [21] podia ter resultado em uma carnificina monstruosa e é a prova recente de que temos de nos preparar para outros ataques e protegermo-nos”, disse Hollande em encontro com diplomatas, dias depois da detenção do marroquino Ayub El Khazzani, de 25 anos. Ele é suspeito de uma tentativa fracassada de ataque a um trem de alta velocidade, entre Paris e Amsterdã.

O acusado nega qualquer ligação com grupos radicais islâmicos e alega que se tratou de uma tentativa de assalto.

Duas investigações estão sendo feitas – uma a cargo do Ministério Público antiterrorista de Paris e outra do Ministério Público Federal belga.

Segundo a advogada que o acompanhou, quando ainda estava sob custódia policial em Arras (no Norte de França) e antes de ser transferido para a unidade antiterrorismo em Paris, o marroquino “ficou perplexo com o caráter terrorista que atribuíram à sua ação”.

O homem disse que encontrou a arma do assalto, uma Kalashnikov, em uma mala num parque perto da estação ferroviária de Bruxelas, onde dorme com outros moradores de rua. Acrescentou que queria usá-la para assaltar os passageiros do trem “para comprar comida”, disse a advogada, Sophie David, ao canal BFMTV.

O perfil de islâmico radical, identificado pelos serviços secretos de quatro países europeus (Espanha, França, Bélgica e Alemanha), leva os investigadores a acreditar que o marroquino queria fazer um ataque ao trem.

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