GCM anda armado, mas só deve atirar se houver vidas em risco, diz Haddad

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/06/2016 13h10
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Brasília - Entrevista com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad sobre o encontro com o Ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias / Agência Brasil Fernando Haddad

Após a morte de um menino, de 11 anos, por um Guarda Civil Metropolitano (GCM), no último sábado (25), na Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse, nesta segunda-feira (27), que a ação foi um “erro” e defendeu que o guarda civil deve andar armado para fazer proteção de bens municipais, não policiamento. 

Para Haddad, o disparo por guardas civis ocorre em casos “excepcionais” e um tiro deve ser dado somente quando houver vidas em risco, do próprio agente ou de alguém próximo.

“O guarda civil anda armado para se proteger. Não é para fazer policiamento. A concepção do armamento para o guarda é para ele, como está protegendo um (bem) municipal, seja uma UBS (unidade básica de saúde), um hospital, um parque. Ele tem que se proteger”, analisou. 

A perseguição envolveu três GCMs. O oficial responsável pelos disparos, Caio Muratori, foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e vai responder as acusações em liberdade. É o segundo caso envolvendo perseguição e morte de uma criança neste mês na capital.

Segundo o alcaide, os protocolos do órgão de segurança que regulamentam o uso de armamento não foram respeitados e a abordagem foi um “errada”. O petista finalizou dizendo que será aberto processo administrativo disciplinar para fazer uma investigação “apurada” para, “eventualmente, responsabilizar” Muratori, que pode ser afastado e até expulso.

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