González volta “preocupado” e atribui “destruição” da Venezuela a Maduro

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2015 17h23

Madri, 11 jun (EFE).- O ex-presidente do governo espanhol Felipe González disse nesta quinta-feira que voltou de Caracas (Venezuela) “seriamente preocupado e triste” pois viu “um país em processo de destruição” e responsabilizou o presidente Nicolás Maduro pela “catástrofe” em termos de segurança, crises social e econômica e de liberdades básicas.

“Todo o mundo está preocupado com o que acontece na Venezuela, menos Maduro”, disse González em entrevista coletiva em Madri após ter viajado para a Venezuela, onde passou 48 horas ao ter negada a permissão para visitar os líderes opositores presos, Daniel Ceballos e Leopoldo López.

Ele tinha chegado a Caracas no domingo passado para dar apoio aos opositores presos e servir de assessor na defesa pessoal de alguns deles. Em sua opinião, não só Europa está preocupada com a situação da Venezuela, mas a própria América Latina.

O ex-presidente do governo espanhol agradeceu a Maduro porque sua “esperteza” fez com que a viagem, que tinha “objetivos concretos”, acabasse tendo uma “grande repercussão em todas as partes e uma enorme expectativa tenha sido criada”.

González afirmou que cumpriu os objetivos da viagem, embora tenha reconhecido que voltou “seriamente preocupado e triste”.

“Um país que era tão vivo, tão forte e tão rico é agora um país em processo de destruição em todos os aspectos que alguém queira analisar”, afirmou o ex-presidente do governo.

Para ele, a Venezuela precisa de “diálogo e reconciliação” e é necessário “um ambiente de vida e de restituição da democracia”.

“O país só tem solução mediante o diálogo, mas o diálogo não vai vir porque não há vontade do governo”, lamentou, antes de defender a realização de eleições antecipadas e a constituição da Assembleia a partir de 5 de janeiro. “Então terá que dialogar sim ou sim”, acrescentou. EFE

bal/cdr

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.