Governo dos EUA descobre novos e-mails não divulgados por Hillary Clinton

  • Por Agencia EFE
  • 26/09/2015 03h41
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Washington, 25 set (EFE).- O Departamento de Estado dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira que obteve uma nova remessa de e-mails correspondentes ao período de Hillary Clinton como secretária de Estado que a pré-candidata presidencial não tinha divulgado anteriormente.

Hillary repetiu em várias ocasiões que entregou todos os e-mails correspondentes a sua etapa à frente da diplomacia americana para que fossem analisados na investigação que está em curso pelo Departamento de Estado, mas, no entanto, não havia entregado a remessa que foi revelada hoje.

Trata-se de uma série de e-mails trocados com o então comandante do Comando Central dos EUA, o general David Petraeus, durante suas primeiras semanas como secretária de Estado, em janeiro e fevereiro de 2009.

O Departamento de Defesa foi quem descobriu essa remessa de e-mails e a transmitiu para o Departamento de Estado, que é o responsável pela investigação que está analisando a utilização da conta pessoal de e-mail de Hillary para assuntos oficiais.

De acordo com o porta-voz do departamento de Estado, John Kirby, trata-se de uma dezena de e-mails que abordam, principalmente, “assuntos pessoais”.

Neste ano, Hillary se envolveu em uma polêmica quando se preparava para lançar sua pré-candidatura à presidência, ao revelar que tinha utilizado sua conta de e-mail particular para assuntos de interesse nacional enquanto era secretária de Estado.

Diante dessa situação, a oposição republicana exigiu que fossem publicadas as correspondências que Hillary manteve através de sua conta particular e que poderiam afetar a segurança do país.

Atendendo às reivindicações dos republicanos e da própria Hillary, que insistiu que os e-mails fossem divulgados para elucidar qualquer tipo de dúvida, o Departamento de Estado retirou o sigilo de cerca de 300 e-mails em maio, a maioria deles relativos ao atentado contra o Consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia.

Esses e-mails já tinham sido revisados pelo Comitê da Câmara dos Representantes que investigava o atentado de 11 de setembro de 2012 no qual morreram Chris Stevens, embaixador dos EUA na Líbia, e outros três cidadãos americanos.

Além disso, em julho também foram publicadas mais 3 mil páginas pertencentes a cerca de 1.900 e-mails da ex-secretária de Estado e, no dia 31 de agosto, mais 7 mil novas páginas, entre as quais se destaca um e-mail enviado ao fundador do Wikileaks, Julian Assange. EFE

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