Governo palestino denuncia práticas israelenses na Mesquita de Al-Aqsa

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2014 01h59

Ramala (Cisjordânia), 16 set (EFE).- O governo palestino de reconciliação nacional denunciou nesta terça-feira que as tropas israelenses praticam batidas diárias na Esplanada das Mesquitas e impedem milhares de palestinos de entrar na Mesquita de Al-Aqsa para rezar.

Em comunicado emitido após o conselho de ministros realizado hoje, o Executivo advertiu das possíveis consequências negativas de dividir temporariamente e espacialmente esta área sagrada para judeus e muçulmanos.

“O gabinete denuncia energicamente as batidas e os assaltos diários das forças de ocupação israelenses e dos grupos de colonos na Mesquita de Al-Aqsa, assim como as medidas para impedir que se entre para rezar”, afirma a nota.

Além disso, “o gabinete responsabiliza o governo de ocupação israelense das violações que podem transformar o conflito em um conflito religioso”. O Executivo de transição pediu à comunidade internacional, à Organização das Nações Unidas (ONU), à Liga Árabe e à Organização Conferência Islâmica para “assumir suas responsabilidades na consecução dos direitos palestinos”.

“Em particular, no referente ao direito à soberania em sua terra e a liberdade de reza e acesso aos lugares santos”, e no relativo à adoção de “medidas legais contra os contínuos crimes e violações dos direitos palestinos”, ressaltou.

Os palestinos denunciaram a entrada na semana passada em uma das mesquitas do deputado de direita israelense Moshe Feiglin, que cruzou a zona fortemente escoltado por policiais israelenses. A zona, que os judeus conhecem como Monte do Templo, está com soberania jordaniana.

Há meses, as autoridades israelenses impedem a entrada dos palestinos menores de 50 anos. Durante a visita de Feiglin, foram fechadas várias portas e vetada a entrada dos palestinos de menos de 40 anos.

Na reunião de hoje, o gabinete palestino também condenou o plano do governo israelense de declarar parque natural uma ampla área em Jerusalém Oriental, e considera a media ilegal o “que representará a anexação de 283 hectares de terra palestina na área de Issawiya”.

O Executivo palestino também denunciou “a política israelense de constante provocação ao governo de consenso palestino que tem como objetivo evitar a missão civil e o trabalho de reconstrução e os esforços para apagar os efeitos da divisão interna palestina”.

A este respeito pôs como exemplo a decisão de Israel de impedir na semana passada o acesso à Faixa de Gaza da ministra palestina de Educação, Khawla al Shakhshir, para a inauguração do ano letivo. EFE

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