Governo peruano anuncia ações contra Greenpeace por danos em Linhas de Nazca

  • Por Agencia EFE
  • 10/03/2015 22h30

Lima, 10 mar (EFE).- O governo do Peru dará início a ações legais contra a organização ambiental Greenpece pelos danos causados na zona arqueológica das Linhas de Nazca durante um ato do grupo, anunciou nesta terça-feira a ministra de Cultura, Diana Álvarez-Calderón.

Após apresentar na cidade de Arequipa o programa de atividades em homenagem ao bicentenário da morte do poeta Mariano Melgar, ela declarou à imprensa local que o órgão contratou um estudo internacional de advogados para elaborar uma estratégia a ser seguida contra o Greenpeace.

“O patrimônio peruano é enorme e temos a lei para protegê-lo. Queremos que se cumpra e, se alguém o afeta, que responda por isso”, disse.

A Corte Suprema de Justiça do Peru declarou procedente em 26 de fevereiro a solicitação de extradição do ativista argentino Mauro Fernández, acusado de participação na ação do Greenpeace que danificou o geoglifo do Colibri em 8 de dezembro.

Fernández tem ordem de prisão preventiva do Primeiro Juizado de Investigação Preparatória de Nazca, ao sul de Lima, pela suposta participação no crime contra o patrimônio, na modalidade de atentado contra monumentos arqueológicos.

A ministra disse que acredita que o processo de extradição não deva ser demorado, e indicou que agora o Poder Judiciário argentino deve verificar “as sanções que se encaixam” entre os códigos e ordenamentos penais de ambos os países.

A ação do Greenpeace consistiu na incursão de um grupo de ativistas à zona intangível das Linhas de Nazca para colocar um enorme cartaz ao lado do geoglifo do Colibri, dirigido aos líderes políticos reunidos em Lima durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP20).

Além de Mauro Fernández, foram denunciados o colombiano Herbert Augusto Villarraga Salgado e o argentino Rodrigo Miguel Abd, fotógrafo da “The Associated Press”, agência de notícias que alega que seu trabalhado era de cobertura jornalística quando acessou à região protegida. EFE

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