Grupo de comunicação português Controlinveste demitirá 160 funcionários

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2014 12h11

Lisboa, 11 jun (EFE).- A Controlinveste, um dos maiores conglomerados midiáticos de Portugal com presença na imprensa escrita, na rádio e na TV, anunciou nesta quarta-feira que suprimirá 160 postos de trabalho para “garantir o futuro” da empresa.

Trata-se de uma “decisão difícil” mas “indispensável” para que a assinatura seja “eficiente” no futuro, afirmou em comunicado o grupo, que controla publicações de peso como o “Diário de Notícias”, o “Jornal de Notícias” e o esportivo “O Jogo”, além de rádios como a “TSF” e a emissora “Sport TV”, entre outros.

O conselho de administração deu sinal verde para iniciar imediatamente o processo de demissão coletiva que afetará diretamente 140 colaboradores, as quais se somará a saída de outros 20 funcionários através de rescisões contratuais.

A reestruturação foi anunciada apenas quatro meses depois que o empresário angolano António Mosquito – com interesses no setor automobilístico, na construção civil e no petróleo – comprou 27,5% do capital da empresa, o que o torna o principal acionista junto com o português Joaquim Oliveira.

O conglomerado lusitano atribuiu a decisão à difícil situação econômica que os veículos de imprensa atravessam em Portugal, conjuntura que levou a Controlinveste a fechar seus três últimos anos fiscais (2011-2013) com perdas.

Com a eliminação de 160 postos de trabalho, a companhia espera obter uma economia de 5,5 milhões de euros ao ano.

“Temos uma nova estrutura acionista que investiu em nós porque assegura que o grupo vai crescer de forma sustentável em um futuro próximo”, ressaltou a empresa no comunicado.

O “Diário de Notícias”, um dos mais antigos da imprensa lusitana – fundado em 1864 – e carro-chefe da Controlinveste, passou de uma tiragem diária de aproximadamente 80 mil exemplares em 2001 para 31 mil nos dois primeiros meses de 2014, a uma queda próxima aos 60%.

O setor da comunicação português sofreu uma onda de demissões nos últimos anos, coincidindo com os piores momentos da crise. EFE

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