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Grupo diz que termelétrica da Odebrecht na R. Dominicana é prova de corrupção

Fachada da sede da Odebrecht em São Paulo - EFE

O movimento cívico Marcha Verde afirmou neste domingo que a termelétrica de 2 mil megawatts que está sendo construída pela empresa brasileira Odebrecht na República Dominicana, é o principal “corpo de delito” das operações “ilegais” das transnacional no país e de seus “aliados políticos” locais.

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A entidade exigiu uma investigação em torno da atribuição da construção das usinas de carvão pela Odebrecht na província Peravia (sul), levando em conta o “padrão de corrupção internacional” da construtora e as denúncias de suposta supervalorização de outras empresas que participaram em sua licitação.

“O país espera nesta semana os nomes de todos os subornados pela Odebrecht entre 2001 e 2014, mas também esperamos que sejam investigadas todas as supervalorizações e o possível financiamento ilegal de campanhas eleitorais dominicanas por parte dessa empresa mafiosa”, disse o grupo em um documento, ao início de uma manifestação realizada no povoado setor de Capotillo, em Santo Domingo.

Marcha Verde, que cifra em US$ 1 bilhão as supostas supervalorizações de obras da Odebrecht no país, pede que a Justiça local recupere esse dinheiro e invista nas regiões mais pobres da nação caribenha.

O movimento afirma que os bairros e campos dominicanos estão cheios de pobreza e exclusão porque um grupo da delinqüência “política” instalada no Estado, se concentra em “roubar o dinheiro” que o país necessita para resolver a “histórica dívida social” de saúde, educação, segurança, emprego, recreação e esporte.

“Estamos entrando nos setores populares porque as pessoas pobres são as mais afetada pela corrupção e impunidade. Somente rompendo com a estrutura de corrupção e impunidade que nos oprime, poderemos dedicar os recursos do Estado à solução de nossos grandes problemas”, expôs o grupo.

Na República Dominicana, a Odebrecht revelou que repartiu subornos no total de US$ 92 milhões entre 2001 e 2014. As investigações posteriores resultaram em interrogatórios a dezenas de empresários, funcionários, legisladores e ex-trabalhadores públicos.

Além disso, um tribunal dominicano homologou o acordo alcançado pelo Ministério Público e a construtora, mediante o qual a mesma se compromete a reembolsar ao Estado dominicano US$ 184 milhões em oito anos, o dobro do valor dos subornos admitidos. 

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