Grupo jihadista toma controle de parte da cidade de Samarra, no Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2014 06h38

Bagdá, 5 jun (EFE).- Combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) tomaram o controle nesta quinta-feira de seis bairros da cidade de Samarra, no Iraque, após combates que terminaram com pelo menos seis mortos e 45 feridos.

Uma fonte da polícia iraquiana informou à Agência Efe que os jihadistas conseguiram dominar distritos do sul e leste da cidade, situada a 120 quilômetros ao norte de Bagdá.

Os enfrentamentos entre os milicianos do EIIL e as forças de segurança causaram, até o momento, a morte de seis policiais e ferimentos em 45 pessoas, entre elas 20 agentes. O número de baixas entre os extremistas ainda é desconhecido.

Os jihadistas hastearam bandeiras pretas com a “shahada” (profissão de fé muçulmana): “Não há Deus maior que Alá e Maomé é o seu profeta”, utilizada frequentemente pela Al Qaeda e outros grupos extremistas, em algumas mesquitas.

Segundo a fonte policial, as forças de segurança enviaram reforços para tentar expulsar os milicianos do EIIL da cidade, na província de Salah ad-Din.

Samarra foi cenário recente de várias operações dos jihadistas. Em maio, pelo menos cinco oficiais do Exército iraquiano morreram em uma emboscada feita por supostos membros do EIIL perto da cidade.

As tropas iraquianas vêm travando, desde o início do ano, duros combates com os jihadistas do EIIL na província ocidental de Al Anbar, de maioria sunita, mas os confrontos também se estenderam para outras áreas.

Nos enfrentamentos em Al Anbar há o envolvimento de milícias tribais sunitas, algumas das quais dão apoio ao Exército e outras ao EIIL, que conseguiu controlar várias localidades da região no começo do ano.

A origem do grupo é o chamado Estado Islâmico do Iraque, uma aliança de organizações radicais nascida com o respaldo da Al Qaeda, em território iraquiano, em outubro de 2006, durante a ocupação americana.

Em abril de 2013, o Estado Islâmico do Iraque acrescentou “e do Levante” ao seu nome e anunciou que começava a operar na Síria, mas a cúpula da Al Qaeda pediu que o grupo restringisse suas ações para o seu país de origem. EFE

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