Grupo que atacou embaixada de Israel em Atenas pode ser reincidente

  • Por Agencia EFE
  • 12/12/2014 16h10

Atenas, 12 dez (EFE).- O “Grupo de Lutadores Populares”, uma organização armada que há um ano atacou a residência do embaixador alemão em Atenas, pode estar por trás do ataque sem vítimas cometido nesta sexta-feira contra a embaixada de Israel na capital grega, segundo a polícia.

Testes balísticos feitos com 54 cápsulas de projétil de calibre 7,62 encontrados na área do ataque mostram que as balas são de fuzis kalashnikov AK-47, utilizados em um ataque muito parecido realizado há um ano contra a residência do embaixador alemão em Atenas.

No entanto, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque contra a embaixada israelense, que aconteceu por volta das 3h (locais), quando quatro indivíduos em duas motocicletas abriram fogo contra a fachada e as paredes da legação diplomática.

Em um comunicado, o Executivo grego assegurou que a cooperação bilateral “não será afetada” e se comprometeu a melhorar as medidas de segurança de “todas as missões diplomáticas na Grécia”, especialmente da embaixada de Israel, que já é um dos edifícios mais protegidos de Atenas.

“O Estado é contra aqueles que tentam, em um momento tão crítico para o país, desestabilizar a situação”, disse o ministro de Ordem Pública, Vasilis Kililias, que foi até o local do ataque para se reunir com o embaixador israelense, Irit Ben-Aba.

O partido esquerdista Syriza, o principal partido da oposição grega, condenou a agressão e argumentou que estes “atos inadmissíveis” não contribuem para a “justa luta do povo palestino”.

Além dos disparos contra a residência do embaixador alemão, o “Grupo de Lutadores Populares” assumiu a autoria de dois ataques similares a um edifício da Mercedes-Benz e ao gabinete do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, na sede central de seu partido, o conservador Nova Democracia, ambos ocorridos no início do ano. EFE

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