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Guatemala declara calamidade em 16 departamentos afetados pela seca

Cidade da Guatemala, 25 ago (EFE).- O governo da Guatemala declarou estado de calamidade pública nesta segunda-feira de 30 dias em 17 dos 22 departamentos (estados) do país por conta da prolongada seca que deixou mais de 200 mil famílias afetadas e gerou perdas milionárias à agricultura.

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“Assinamos na Junta de Gabinete nesta segunda-feira o Decreto Governamental que declara Estado de Calamidade Pública em 17 departamentos pelas consequências provocadas na agricultura pela seca prolongada”, escreveu o presidente guatemalteco, Otto Pérez Molina, em sua conta oficial no Twitter.

Em entrevista coletiva, o ministro da Agricultura guatemalteco, Elmer López, explicou que os departamentos atendidos pela medida de emergência estão localizados no chamado Corredor Seco. Ele garantiu que a longa seca, que começou no início de julho, causou perdas de 450 milhões de quetzais (R$ 132.217.299), principalmente, no cultivo de milho e feijão, os alimentos mais consumidos pelo guatemalteco. Ele acrescentou que já foram distribuídos 184 milhões de quetzais (R$ 54.062.184) para começar a dar assistência aos prejudicados.

De acordo com o secretário de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), Luis Enrique Monterroso, 236 mil famílias foram afetadas. Ele advertiu que apenas na região do Corredor Seco 500 mil crianças com menos de cinco anos correm risco desnutrição, mas assegurou que o governo já está preparado “com alimentos para começar a dar assistência humanitária”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) ofereceu uma doação de 3.084 caixas de alimentos terapêuticos para evitar o aumento da desnutrição na Guatemala devido à seca. O diretor regional de o Programa Alimentar Mundial (PMA) da ONU, o peruano Miguel Barreto, disse na sexta-feira passada na Guatemala que a recente seca que afetou à América Central é “um tema recorrente” que “requer soluções a longo prazo”.

“O tema da segurança alimentar é competência todos e não somente dos governos. É importante priorizar o investimento nas regiões afetadas com base em sistemas de irrigação e infraestrutura hídrica para evitar que o problema se repita no futuro como aconteceu até agora” disse Barreto.

Ele sugeriu soluções alternativas ao fenômeno, como a colheita de outros produtos resistentes ao calor, de modo que os agricultores não dependam exclusivamente de feijão e milho. EFE

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