Hamas anuncia oficialmente sua rejeição à proposta egípcia de cessar-fogo

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2014 14h22

Gaza, 16 jul (EFE).- O Hamas comunicou nesta quarta-feira de forma oficial sua rejeição à proposta de cessar-fogo com Israel apresentada pelo Egito com o respaldo dos Estados Unidos, informou um porta-voz do movimento islamita.

Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza, disse em comunicado que o grupo já entrou em contato com o Egito para declinar a iniciativa do Cairo, sem dar mais detalhes.

Ontem, em comunicado postado em seu site, as “Brigadas Ezzedine al Qassam”, braço armado do movimento islamita, já rejeitaram a proposta egípcia, que, afirmaram, “não vale nem o papel na qual está escrita”.

“Nossa luta prosseguirá e se intensificará” até terminar com a ocupação israelense da Palestina, afirmaram na nota.

A postura do Hamas à proposta que o Egito apresentou às partes na segunda-feira à noite variou, dependendo se os porta-vozes eram de Gaza ou da liderança política no exílio.

Também houve divergências entre o braço armado e o ramo político, este último mais disposto a um pacto que o primeiro.

Enquanto isso, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, retomou os esforços para obter avanços em um eventual cessar das hostilidades que leve ao diálogo entre as partes e se foi ao Egito para abordar a crise na região.

O veterano político palestino e membro do Fatah, Nabil Shaath, e vários veículos de imprensa locais anunciaram que Abbas se reunirá no Cairo com o líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, para estudar a iniciativa apresentada pelo Egito.

Musher al Masri, líder do movimento islamita, afirmou hoje em uma entrevista por telefone à Agência Efe que o Hamas quer garantias árabes e regionais sobre qualquer eventual cessar-fogo com Israel.

“Nos últimos dias, o Hamas recebeu muitos contatos provenientes de países árabes e islâmicos para debater sobre o fim das hostilidades, enquanto a Turquia e o Catar aumentaram os esforços para avançar nesta direção”, disse.

Masri ressaltou que o grupo islamita está interessado nesta possibilidade, “mas antes que ocorra, deve haver garantias que obriguem Israel a não violá-la”.

Ele também negou que o Hamas e a Jihad Islâmica tenham entregado ao Egito uma proposta baseada em um cessar-fogo por dez anos, como algunsjornais israelenses anunciaram durante o dia. EFE

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