Hamas diz que identificação dos supostos sequestradores é uma manobra

  • Por Agencia EFE
  • 27/06/2014 14h10

Gaza, 27 jun (EFE).- O movimento islamita Hamas afirmou nesta sexta-feira que a decisão israelense de publicar os nomes de dois supostos responsáveis do desaparecimento de três jovens judeus que pediam carona na Cisjordânia é “uma cortina de fumaça que pretende ocultar seu fracasso”.

Em comunicado enviado a imprensa, Sami Abu Zuhri, porta-voz do grupo em Gaza, argumentou que “através desses nomes, os ocupantes (Israel) tratam de justificar o grande fracasso na consecução dos objetivos que pretendem conseguir”.

Desde 13 de junho, milhares de soldados israelenses rastreiam o território e buscam casa por casa da Cisjordânia os três estudantes, cujo desaparecimento, perto da cidade palestina de Hebron, o governo responsabiliza o Hamas.

Na quinta-feira, e no meio da polêmica no seio do gabinete de Segurança israelense, Israel revelou que procura também Amer Abu Aysha, de 33 anos, e Marwan Kawasme, de 29 anos, conhecidos membros do Hamas, que estão fora de casa desde a mesma data em que os meninos desapareceram e acredita-se em um possível vínculo no sequestro.

Ambos cumpriram penas em presídios israelenses e são suspeitos de ter desempenhado um papel fundamental no desaparecimento, segundo a informação que os serviços secretos internos (Shin bet) deram às autoridades. Além disso, os serviços de inteligência israelenses detiveram outros indivíduos e familiares dos suspeitos, que poderiam ter ajudado.

A imprensa palestina informou que as esposas de ambos, uma delas grávida de oito meses, foram detidas e interrogadas durante horas.

Pouco depois de revelar essa informação, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “os dois que cometeram o crime são terroristas do Hamas”.

Ele voltou a exigir ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que se desvincule do movimento islamita com o qual pactuou o recém-criado governo de consenso palestino.

No começo desta semana, o chefe do escritório política e líder do Hamas, Khaled Meshaal, negou que seu movimento tenha informação sobre o sequestro, embora tenha dito que o grupo apoia qualquer ato de luta contra Israel. EFE

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