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Hillary pede que muçulmanos não sejam demonizados após massacre em Orlando

Hillary Clinton

A virtual candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, afirmou, nesta segunda-feira (13), que a resposta ao massacre de Orlando, o ataque a tiros “mais letal” na história dos Estados Unidos, não pode ser o “partidarismo” e também não se deve “demonizar” os muçulmanos.

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“É a hora para que todos nos unamos e lembremos os que foram assassinados, apoiemos a todos os que estão sofrendo e, depois, tratemos de averiguar o que podemos fazer”, disse a ex-secretária de Estado, em uma entrevista à emissora “NBC”.

Segundo Hillary, neste momento “importa o que fazemos, não o que dizemos”, complementando, “para mim, jihadismo radical, islã radical, acredito que significam o mesmo. Estou disposta a dizer qualquer um dos dois”.

A ex-primeira dama respondeu, assim, às críticas do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, que, no domingo passado (12), condenou tanto sua provável rival nas eleições de novembro como o presidente Barack Obama por não usar a expressão “islã radical” ao referir-se ao extremismo islâmico.

“Toda esta conversa, demagogia e retórica não vão resolver o problema. Eu não vou demonizar, ser demagoga e declarar guerra a toda uma religião”, destacou.

A polícia de Orlando (Flórida) detalhou, também nesta segunda, que, no tiroteio na boate gay Pulse, morreram 49 pessoas e o suposto autor dos disparos, Omar Seddique Mateen, era um americano de origem afegã de 29 anos.

O suspeito jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI), grupo que reivindicou, uma vez mais, a autoria do massacre e qualificou Mateen como um “soldado do califado”.

Em comunicado emitido por sua campanha, Hillary enfatizou que o massacre de Orlando deve servir para lembrar “mais uma vez que as armas de guerra não têm lugar” nas ruas nem nas mãos de qualquer pessoa.

“Temos que tirar essas armas de guerra das ruas. Tivemos uma proibição sobre as armas de assalto e necessitamos restabelecê-la”, reforçou, durante a entrevista.

Por causa do massacre, a candidata cancelou um ato político que realizaria na cidade de Green Bay (Wisconsin), na próxima quarta-feira (15), e que seria sua primeira aparição de campanha junto ao presidente Obama.

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