Insurgentes ligados ao EI decapitam 10 talibãs no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 03/06/2015 07h23

Cabul, 3 jun (EFE).- Pelo menos dez talibãs foram decapitados por supostos membros do grupo insurgente Estado Islâmico (EI) no leste do Afeganistão, onde ambas as facções mantêm uma disputa pelo controle de várias áreas há semanas, informou nesta quarta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

Um grupo de insurgentes do EI interceptou ontem cerca de dez talibãs em uma área remota da província de Nangarhar, no oeste do país, e cortou suas cabeças nesse mesmo lugar, disse um porta-voz do Corpo 201 do Exército no leste do país, Numan Hatifi.

Os talibãs foram capturados quando tentavam fugir para uma área remota após se envolver em enfrentamentos com as forças de segurança afegãs, acrescentou a fonte.

Nas últimas semanas, dezenas de insurgentes morreram e ficaram feridos em confrontos armados entre os talibãs e o EI pelo controle de várias áreas de Nangarhar, onde a troca de fogo ainda continua.

Hatifi assegurou que o EI, recém-chegado ao país asiático, tomou o controle dos talibãs em várias regiões e começaram a recrutar adeptos para seu regime.

As áreas fronteiriças com o Paquistão, como Nangarhar, têm grande valor estratégico para os insurgentes no Afeganistão, cujo cenário de guerra foi alterado com o recente surgimento de novos grupos que se dizem leais ao EI.

Em abril, o presidente afegão, Ashraf Ghani, confirmou que o Estado Islâmico foi realmente o autor do primeiro atentado reivindicado por esse grupo, e alertou que o país enfrenta “um novo tipo de guerra” por parte de “terroristas estrangeiros”.

A Otan encerrou em 2014 a sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída em janeiro por uma operação com 4 mil soldados em tarefas de assistência e capacitação, e que será seguida a seu término por outra liderada por civis, mas com um componente militar.

Os Estados Unidos manterão 9,8 mil militares até final deste ano como parte de sua missão “antiterrorista” no Afeganistão, depois que o presidente Barack Obama ordenou uma desaceleração da saída das tropas do país, que estavam previstas para este ano. EFE

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