Investigações tentam apurar motivos por trás do tiroteio em boate gay em Orlando

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/06/2016 11h41
TAI01 BANGKOK (TAI), 13/06/2016.- Un hombre enciende una vela en memoria de las victimas del ataque en la discoteca gay en Orlando ayer, en las puertas de la Embajada estadounidense en Bangkok, Tailandia, hoy 13 de junio de 2016. Las autoridades de Orlando revelaron hoy los nombres de 15 de las al menos 50 víctimas mortales del ataque, mientras el grupo terrorista Estado Islámico reivindicó hoy de nuevo la matanza y calificó a su autor, Omar Mateen, como un soldado del califato. EFE/DIEGO AZUBEL EFE Boate Orlando

Investigadores federais tentam montar o quebra-cabeça das motivações que levaram Omar S. Mateen a entrar com um rifle e uma pistola em uma boate gay de Orlando. Os peritos se defrontam com várias linhas de investigação.

A Casa Branca e o FBI afirmam que o filho de imigrantes afegãos, nascido nos Estados Unidos, parece ser um “extremista caseiro”, declarando apoio não apenas ao Estado Islâmico, mas a também a outros grupos radicais que disputam espaço entre si.

“Até o momento, não tivemos indicações de que este foi um plano dirigido do exterior e nenhuma indicação de que ele fazia parte de uma rede”, disse o diretor do FBI, James Comey, acrescentando que ele era claramente “radicalizado”, em parte, pela internet.

Sua ex-mulher disse que Mateen sofria algum tipo de “problema mental”. Questionamentos sobre a sexualidade também começaram a emergir.

Jim Van Horn, de 71 anos, disse que Mateen era visto “regularmente” na boate Pulse, onde o próprio deixou 49 pessoas mortas neste final de semana. Jornais locais dão conta de relatos semelhantes.

“Ele estava ali para flertar com pessoas. Homens”, disse o farmacêutico aposentado à Associated Press. Segundo este, os dois se encontraram uma vez e Mateen contou sobre sua ex-esposa. No entanto, os amigos de Van Horn logo disseram que “não queriam que continuasse falando com ele, pois acreditavam que ele era uma pessoa estranha.”

O aposentado admitiu que não conhecia Mateen o suficiente, mas que suspeita que o massacre tinha menos a ver com o extremismo islâmico e mais com um conflito sobre sua sexualidade.

“Acredito que seja possível que ele estivesse lidando com seus demônios interiores, tentando se livrar de seu ódio pela homossexualidade”, disse Van Hon, que perdeu três amigos no fim de semana, “é bastante confuso para mim, porque você não pode mudar o que é, mas caso você finja ser algo diferente, então pode entrar e atirar em um bar gay“, aponta, completando, “algumas vezes, ele entrava e ficava bebendo sozinho em um canto, outras ele ficava tão bêbado que falava alto e era violento”. O farmaceutico lembra-se de tê-lo visto na Pulse ao menos uma dezena de vezes.

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