Irã alerta Ocidente de que se arrependerão por reduzir preço do petróleo
Teerã, 13 jan (EFE).- Os países ocidentais se arrependerão de planejar a queda do preço do petróleo, advertiu nesta terça-feira o presidente iraniano, Hassan Rohani, que garantiu que o Irã não será afetado por esta baixa.
“Apesar de os preços terem caído mais da metade mês passado, quem planejou essa queda contra alguns países se arrependerão”, disse Rohani em discurso na cidade de Bushehr, no sul do país.
“O Irã não será pressionado pela queda do preço de petróleo e já previu as vias de recuperação”, informou a agência oficial iraniana de notícias “Irna”.
O preço do barril da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) caiu na segunda-feira para US$ 43,55, e os valores de referência nos EUA (WTI) e Europa (Brent) baixaram ontem 4,7% e 5,34% para US$ 46,07 e US$ 47,43 por barril, respectivamente.
Rohani explicou que o Kuwait e a Arábia Saudita perdem mais com esta queda de preços já que 95% da exportação kuwatiana e 90% do saudita é do petróleo, enquanto só “um terço do orçamento do Irã provém dessa matéria-prima”.
O presidente afirmou ainda que “todo o povo exige o fim das sanções injustas contra a nação iraniana”.
“Se o Grupo 5+1 não optar pelo caminho razoável, perderão”, acrescentou o presidente iraniano. “A era de ameaçar e sancionar se acabou”.
O Irã é o quarto país do mundo em reservas de petróleo e o primeiro de gás natural, mas sua capacidade de exploração está muito limitada pelas sanções internacionais que sofre devido ao seu controvertido programa nuclear.
O Ocidente teme que, sob a alegação de um programa nuclear civil, o Irã construa um arsenal atômico, o que sempre foi negado pelo país.
O Irã e o Grupo 5+1 (China, Rússia, EUA, França e Reino Unido mais a Alemanha) retomarão as negociações nucleares no próximo dia 18 em Genebra, mas antes desta rodada, amanhã, dia 14, o Irã terá reuniões bilaterais com a delegação americana e depois com a russa.
24 de novembro era a data fixada como limite para chegar a um acordo que colocasse fim a mais de 12 anos de enfrentamentos e sanções internacionais contra o Irã, mas como não houve sucesso, o Irã e G5+1 definiram uma prorrogação de sete meses, válida até 1º de julho. EFE
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