“Irã cumprirá suas promessas se lado oposto também cumprir”, afirma Rohani
Teerã, 3 abr (EFE).- O Irã cumprirá as promessas feitas no acordo nuclear assinado com os países do Grupo 5+1 (EUA, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) se a outra parte “cumprir com as suas”, afirmou nesta sexta-feira o presidente do país, Hassan Rohani, em um discurso transmitido pela televisão.
O pronunciamento foi a primeira aparição pública do governante após o anúncio do entendimento entre os dois lados, alcançado em Lausanne (Suíça). Um acordo final deverá ser estipulado até julho, com o objetivo de pôr um fim à crise gerada pelo programa nuclear do Irã e as dúvidas sobre seu caráter pacífico.
“Toda promessa que fizermos estará de acordo com nossos interesses nacionais, e cumpriremos com nossas promessas sempre que o lado oposto cumprir com as suas também”, disse o líder.
Rohani explicou que em virtude do acordo final, todas as sanções econômicas e financeiras que as Nações Unidas impuseram ao país serão “canceladas” no momento em que entrarem em vigor as medidas estipuladas entre Irã e as potências do 5+1.
“Uma nova cooperação tanto no setor nuclear como em outros setores começará com o mundo nesse mesmo dia”, afirmou.
Rohani lembrou que durante a campanha para a presidência, em 2013, prometeu que manteria a indústria nuclear iraniana e eliminaria as sanções contra o país.
“A nação iraniana está agora mais perto desse objetivo do que nunca”, disse.
“O Grupo 5+1 aceitou por meio do entendimento aprovado ontem que o Irã enriquecerá material nuclear em seu território, e isso significa que aqueles que diziam que o enriquecimento iraniano era uma ameaça à região e ao mundo admitiram agora que isso não é uma ameaça para ninguém”, argumentou.
Rohani terminou sua declaração afirmando “de forma direta” que o enriquecimento nuclear e todas as tecnologias nucleares relacionadas do país são exclusivamente orientadas ao desenvolvimento do Irã e “não serão empregadas contra nenhum outro país”.
“O mundo reconheceu muito bem que o Irã procura propósitos pacíficos”, acrescentou. EFE
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