Irã estuda enviar armas a Kobani e aconselha Turquia a não entrar na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 10/10/2014 05h13

Teerã, 10 out (EFE).- O Irã estuda enviar armas à população síria curda de Kobani, na fronteira com a Turquia, que luta contra tropas do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e aconselhou a Ancara a não enviar tropas à Síria.

“A República Islâmica do Irã tomará as ações necessárias para ajudar a população curda de Kobani em sua luta na Síria contra os terroristas”, -como Teerã denomina todos os grupos contrários ao regime de Bashar al Assad-, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores Hossein Amir Abdolahian ao ser perguntado se o Irã enviará armas a Kobani.

“Certamente, aconselhamos a Turquia para não tenha presença militar no território sírio”, afirmou o diplomata em uma conferência ontem no Instituto de Estudos Estratégicos do Oriente Médio, informou a agência estatal iraniana “Irna”.

Abdolahian garantiu que seu governo “está em conversas com os amigos turcos, que podem ter o papel mais importante para facilitar o retorno dos refugiados sírios ao seu país”.

“Há conversas regionais sobre este assunto e esperamos que se tomem medidas sérias. Em nossas primeiras conversas com a Turquia, concluímos que esse país não procura piorar a crise e esperamos que possa ter um papel positivo”, acrescentou.

Na quinta-feira, o governo turco se posicionou contra uma intervenção militar para evitar que Kobani caia nas mãos do EI, uma decisão que provocou protestos dos curdos da Turquia e resultou em cerca de 30 mortes.

Ancara pediu para se estabelecer uma zona de exclusão aérea e de contenção no norte da Síria, algo que não foi debatido até agora na OTAN. EFE

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