Israel aprova construção de 200 imóveis em Jerusalém Oriental
Jerusalém, 12 nov (EFE).- As autoridades israelenses aprovaram de forma premilinar a construção de 200 novas casas em um bairro judaico de Jerusalém Oriental, em um momento de especial tensão na cidade e que pode reavivar os ânimos entre os palestinos.
A porta-voz do Prefeitura de Jerusalém, Brachie Sprung, disse à Agência Efe que a medida foi aprovada hoje por um comitê que deu sinal verde para que sejam construídas casas no bairro de Ramot.
A funcionária israelense precisou que a autorização é preliminar, se referindo ao fato de que se trata de um pequeno passo e que essa construção pode se alongar por vários anos.
Brachie acrescentou que o mesmo comitê aprovou a construção adicional de 174 casas em bairros árabes da cidade, que não especificou.
Israel considera por lei Jerusalém sua capital “eterna e indivisível” desde os anos 80 e mais recentemente do “povo judeu”, apesar da comunidade internacional não reconhecer a cidade como tal, pois a parte oriental é território ocupado desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967, e os palestinos a reivindicam como a capital de seu futuro Estado.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou na semana passada o avanço dos planos para construir 600 casas no assentamento de Ramat Shlomó, no território ocupado da Cisjordânia e situado ao norte de Jerusalém, e 400 no de Har Homah, no distrito palestino de Belém.
No começo do mês, a prefeitura de Jerusalém aprovou os planos para edificar outras 400 casas em Jerusalém Oriental, o que provocou duras críticas por parte da Administração americana e da União Europeia.
Funcionários palestinos expressaram em repetidas ocasiões que os assentamentos são um dos principais obstáculos para o estabelecimento de um Estado palestino independente com continuidade territorial.
O rei Abdullah II da Jordânia advertiu hoje a Israel que a continuação de sua política de assentamentos em Jerusalém Oriental e Cisjordânia “destruirá todos os esforços a favor da paz”.
O monarca se reuniu em Amã com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, com quem analisou a recente escalada de tensão que foi vivida nos últimos dias em Jerusalém e Cisjordânia, indicou em comunicado a Casa Real jordaniana.
“A repetição das agressões de Israel e suas medidas provocativas em Jerusalém e seus lugares sagrados, particularmente a Mesquita de al-Aqsa, é totalmente inaceitável”, acrescentou. EFE
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