Israel fecha sem acusações caso sobre morte de 4 crianças em praia de Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2015 18h06

Jerusalém, 11 jun (EFE).- O advogado-geral do Exército de Israel, Dany Efroni, pediu nesta quinta-feira o fechamento, sem acusações, do caso sobre a morte por fogo israelense de quatro crianças que brincavam em uma praia de Gaza durante a operação Limite Protetor, que ocorreu entre julho e agosto do ano passado.

Os menores morreram quando um navio da Marinha israelense abriu fogo contra a praia em que eles jogavam futebol com outros 12 amigos que ficaram feridos na ação.

O inquérito sobre o incidente, que ocorreu no dia 16 de julho de 2014 e repercutiu mundialmente, “foi fechado sem acusações após a realização de uma investigação criminal”, indica nota divulgada na noite de hoje sobre a evolução dos inquéritos.

Outros dois casos fechados sem acusação – e sem investigação criminal – foram a morte de 15 palestinos no edifício Al Salam de Gaza, no dia 21 de julho de 2014, e de vários membros da família Al Najjar na cidade de Khan Yunes, no norte de Gaza, oito dias mais tarde.

“Estamos examinando e, se necessário, investigando judicialmente os supostos incidentes excepcionais ocorridos durante a operação Limite Protetor”, explica Efroni na nota.

Por outro lado, o advogado-geral ordenou a abertura de inquérito em outros três casos: um ataque contra um café no qual morreram nove pessoas, um abuso contra um preso e o uso ilegal de armas de fogo contra um centro médico.

Além disso, acusou três soldados denunciados por roubos no bairro de Shuhaiya, um dos mais destruídos pelos bombardeios israelenses.

Quase um ano depois da operação, a promotoria militar recebeu denúncias de 190 incidentes. Até agora, 105 foram remetidos ao advogado-geral para decidir se ele abre ou não uma investigação.

“Desses 105, sete foram enviados para que se faça uma investigação e 19 foram fechados sem um inquérito adicional após o advogado-geral não encontrar suspeitas de comportamento criminoso. No entanto, em alguns desses casos, ele recomendou o estudo de possíveis mudanças nos métodos operacionais”, explica o comunicado.

Segundo dados da ONU, mais de 2.100 palestinos morreram, a maior parte civis e 540 deles crianças, nos 51 dias de operação militar contra Gaza. No entanto, 67 soldados e seis civis perderam a vida no lado israelense. EFE

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