Itamaraty faz plano de contingência para retirar 33 brasileiros de Niamey

  • Por Agência Brasil
  • 21/01/2015 13h19
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Itamaraty Em comunicado oficial

O Ministério de Relações Exteriores informou hoje (21) que está finalizando um plano de contingência para retirada emergencial, caso necessário, dos 33 brasileiros que estão em Niamey, capital da República do Níger, país do Norte da África. Dois templos evangélicos, duas igrejas presbiterianas e uma instituição onde trabalham brasileiros foram destruídos em ataques ocorridos no último sábado (17) durante protestos contra a publicação de charges do profeta Maomé na última edição do jornal francês Charlie Hebdo.

Em nota divulgada hoje, o Itamaraty informa que a Embaixada do Brasil em Cotonou, capital da República do Benin, responsável pelas relações com a República do Níger, tem mantido contato permanente com o governo deste país e já manifestou preocupação com a segurança da comunidade brasileira. “A área consular do Ministério das Relações Exteriores vem mantendo contato direto com a embaixada em Cotonou para fins de monitoramento da situação e finalização de plano de contingência a ser implementado em caso de necessidade”, informa a nota.

Na última segunda-feira (19), o Itamaraty informou que, caso seja necessário, a retirada da comunidade brasileira no Níger será feita pela fronteira com Burkina Faso, a mais próxima de Niamey. Segundo o ministério, nenhum brasileiro ficou ferido nos ataques do último sábado e a situação em Niamey mostra-se “mais calma” desde o início da semana.

A comunidade brasileira no Níger é composta por 33 pessoas, todos missionários e parentes. Eles estão em suas casas e receberam recomendação para estocar alimentos por uma semana e evitar deslocamentos desnecessários.

O Níger tem recebido dezenas de milhares de nigerianos. Eles fogem da ação brutal do grupo terrorista Boko Haram, no Norte da Nigéria. O grupo, que usa interpretação do Islã como justificativa para ações de terror contra a população, em sua maioria muçulmanos, é apontado por algumas fontes como um dos possíveis incentivadores dos protestos violentos do fim de semana.

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