Iuane sobe em relação ao dólar após três dias de desvalorização

Pequim, 14 ago (EFE).- A taxa de câmbio de referência do iuane em relação ao dólar elevou ligeiramente nesta sexta-feira o valor da divisa chinesa, em 0,05%, depois das três desvalorizações estipuladas pelo banco central chinês.

O Banco Popular da China estabeleceu hoje como ponto de partida que US$ 1 seja cotado a 6,3975 iuanes, uma vez que deu por concluído nesta quinta-feira o ajuste no valor da divisa asiática.

O regulador monetário da segunda maior economia mundial adotou nesta terça-feira uma reforma no sistema cambial que procura adaptar o mecanismo de fixação do valor do iuane a sua cotação no mercado.

O banco central chinês retém um forte controle sobre a evolução do iuane e a cada dia fixa uma taxa de câmbio de referência (a chamada paridade central) e permite que seu valor no mercado oscile até um máximo de 2%, em alta ou em baixa.

A reforma do sistema cambial da China sacudiu fortemente os mercados financeiros mundiais esta semana e provocou grandes dúvidas sobre o ritmo de crescimento da segunda potência econômica do planeta.

Esta modificação no modelo para estabelecer o ponto de partida da cotação do iuane veio acompanhada pelo que o órgão emissor chinês definiu como uma “desvalorização excepcional” da moeda nesta terça-feira, de 1,86%, e justificou essa decisão pela “desvio” que, segundo sua opinião, mostrava em relação às expectativas do mercado.

Como o iuane cotou em baixa e o novo mecanismo cambial obriga a levar em conta sua evolução no mercado de divisas, o banco central adotou outros dois rebaixamentos sucessivos da paridade central, na quarta-feira e na quinta-feira, de 1,62% e 1,11%, respectivamente.

No entanto, o Banco Popular anunciou, em entrevista coletiva convocada nesta quinta-feira expressamente para explicar suas últimas políticas, em um fato pouco habitual, que dava por completada a correção no valor da moeda.

“Não há base para uma desvalorização persistente e substancial”, disse o assistente do governador do banco central, Zhang Xiaohui.

Após estas palavras, que provocaram um alívio nos principais pregões das bolsas de valores do mundo, a cotação da moeda chinesa estabilizou-se, razão pela qual hoje o regulador subiu levemente a taxa de câmbio referencial. EFE