Japão suspende negociações sobre vistos com a Rússia

  • Por Agencia EFE
  • 18/03/2014 01h43
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Tóquio, 18 mar (EFE).- O governo do Japão anunciou nesta terça-feira a suspensão de suas negociações com a Rússia para a facilitação de vistos e para a assinatura de outros acordos bilaterais devido à intervenção de Moscou na crise ucraniana.

“Pedimos à Rússia que respeite completamente a lei internacional e a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, e que não busque a adesão da Crimeia”, disse hoje o ministro porta-voz japonês, Yoshihide Suga, ao anunciar as medidas em entrevista coletiva.

Tóquio também cancelará suas negociações com Moscou sobre acordos de investimento e atividades militares, mas, por enquanto, não aplicará sanções econômicas como as anunciadas na segunda-feira por EUA e União Europeia, segundo Suga.

Ao ser perguntado pela imprensa se o Japão tomou medidas de pressão menos relevantes que as de Washington e Bruxelas, Suga disse que “não é correto”, e afirmou que Tóquio “está agindo estreitamente em conjunto com os países do G7”.

União Europeia e Estados Unidos anunciaram o congelamento de ativos e vistos de cargos do alto escalão dos governos russo e ucraniano por seu papel na intervenção militar russa na península da Crimeia e na organização do referendo de anexação à Rússia dessa república autônoma.

Quanto à visita ao Japão do presidente russo, Vladimir Putin, prevista para o segundo semestre deste ano, o ministro porta-voz japonês disse que Tóquio “tomará as medidas apropriadas” em função de como vão se desenvolver os eventos na Ucrânia.

O governo japonês qualificou ontem de “ilegal” o referendo de adesão à Rússia realizado na Crimeia, e pediu que Moscou respeitasse a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, na mesma linha que seus aliados do G7.

Desde o início da crise na Ucrânia, o Japão teve reações moderadas para não deteriorar sua relação com a Rússia, país com o qual mantém uma disputa territorial sobre as ilhas Curilas meridionais, localizadas a nordeste da ilha de Hokkaido, no norte do arquipélago japonês. EFE

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