Jihadistas fazem centenas de reféns em ataque à universidade no Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 07/06/2014 07h59
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Bagdá, 7 jun (EFE).- Dezenas de membros do grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) atacaram neste sábado a universidade de Ramadi, na província de Al-Anbar, e fizeram centenas de estudantes e professores reféns.

A província é um reduto dos insurgentes. Uma fonte de segurança disse à Agência Efe que os extremistas conseguiram invadir a universidade após detonar dois artefatos explosivos e enfrentar os guardas da instituição.

Após o ataque, os jihadistas explodiram a ponte que liga a universidade à cidade, localizada a 110 quilômetros ao oeste de Bagdá.

Forças do exército e da polícia cercaram a universidade, apoiados por helicópteros, de onde se disparara contra franco-atiradores postados em prédios.

A maioria dos estudantes vive em dependências da universidade devido à dificuldade de se chegar à instituição procedente da cidade de Ramadim, que vive uma onda de violência desde janeiro.

O exército iraquiano e os milicianos do EIIL mantêm duros combates desde o princípio do ano na província de Al-Anbar, onde ambos os lados contam com o apoio de combatentes tribais sunitas.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) denunciou na sexta-feira que quase meio milhão de pessoas tiveram que abandonar seus lares em Al-Anbar por causa desta onda de violência.

Desde quinta-feira passada, o EIIL ampliou sua ofensiva para outras províncias iraquianas, como Salah ad-Din, Ninawa e Diyala, deixando centenas de vítimas.

Em Sala ad-Din, os jihadistas conseguiram controlar por algumas horas seis bairros da cidade de Samarra, enquanto combates em Mossul (capital de Ninawa) deixaram ontem mais de 40 mortos.

Ontem à noite, membros do EIIL atacaram com bombas dois quartéis, um deles dos serviços secretos, na cidade de Baquba, capital de Diyala.

Pelo menos três policiais e dois civis morreram neste episódio, que incluiu o ataque de um suicida. As forças de segurança mataram quatro terroristas.

A origem do EIIL é o chamado Estado Islâmico do Iraque, uma aliança de organizações radicais nascida da Al Qaeda em território iraquiano em outubro de 2006, durante a ocupação americana.

Em abril de 2013, o Estado Islâmico do Iraque acrescentou ao seu nome “e do Levante”, e anunciou que começava a operar também na Síria, o que desagradou a cúpula da Al Qaeda, que exige que o grupo limite sua atuação ao Iraque. EF

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