Juiz colombiano ordena liberdade do ex-chefe do bando de Pablo Escobar

  • Por Agencia EFE
  • 23/08/2014 00h44
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Bogotá, 22 ago (EFE).- Um juiz colombiano ordenou a liberdade condicional do ex-chefe do bando do falecido chefão das drogas Pablo Escobar, John Jairo Velásquez Vásquez, conhecido como “Popeye”, preso há 22 anos, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

A decisão foi tomado pelo juiz de Execução de Penas de Tunja, Yesid Rodríguez, e “Popeye” seria solto na próxima semana após ter cumprido três quintos da pena por seus múltiplos crimes.

Velásquez, que está preso na penitenciária de segurança máxima de Cómbita, no departamento de Boyacá, do qual Tunja é capital, deve pagar uma fiança de nove milhões de pesos (US$ 4.700) para sair livre, segundo a página na internet do jornal “El Tiempo”.

“Popeye”, nos anos 80 e 90 um dos mais temidos bandidos do cartel das drogas de Medellín, confessou em entrevistas que deu desde a prisão que assassinou diretamente pelo menos 300 pessoas e que como chefe dos pistoleiros de Escobar coordenou cerca de 3.000 homicídios.

Além de ter reconhecido que coordenou a instalação de pelo menos 200 carros bomba, foi ele que em janeiro de 1988 sequestrou em sua sede de campanha em Bogotá, Andrés Pastrana Arango, então candidato à Prefeitura de Bogotá e assassinou nesse mesmo ano o então procurador Carlos Mauro Hoyos.

As autoridades carcerárias verificarão se Velásquez não tem mandados por parte de outros tribunais do país antes de libertá-lo, segundo as versões de imprensa.

A liberdade condicional implica que “Popeye” deve se apresentar regularmente perante as autoridades durante 52 meses a fim de ser feito um acompanhamento de seu comportamento em liberdade.

Na prisão, Velásquez estudou e obteve 14 diplomas, entre eles um que o credencia como recuperador ambiental certificado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (SENA).

Por estas atividades e outros trabalhos “Popeye” conseguiu reduzir parte de suas penas, como estipulado pelas leis colombianas.

Velásquez se entregou à justiça no dia 9 de outubro de 1992 e foi enviado à prisão de Itaguí, onde esteve até 2002, ano em que foi levado para a penitenciária de Cómbita. EFE

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