Juiz nega denúncia contra Cristina por obstruir investigação do caso Nisman

  • Por Agencia EFE
  • 06/03/2015 21h10

Buenos Aires, 6 mar (EFE).- Um juiz federal desprezou nesta sexta-feira uma denúncia contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e funcionários de seu governo por suposta obstrução da investigação da morte do promotor Alberto Nisman, que denunciou a governante por acobertamento de terroristas.

O juiz Ariel Lijo rejeitou por “inexistência de delito” o processo do jornalista argentino Cristian Sanz contra Cristina pelos supostos delitos de abuso de autoridade e descumprimento de deveres de funcionário público, informou a agência oficial “Télam”.

De acordo com Lijo, “não existem argumentos sólidos” para sustentar a acusação.

A denúncia foi apresentada no último dia 6 de fevereiro e atingiu também o chefe de gabinete argentino, Aníbal Fernández, a procuradora-geral, Alejandra Gils Carbó, e o secretário de Segurança, Sergio Berni.

Sanz acusou a governante argentina de “ostentar uma conduta temerária” ao ter defendido publicamente a hipótese do suicídio e poucos dias depois a de assassinato, “prejudicando a investigação judicial” sobre a morte de Nisman.

Além disso, o jornalista denunciou os citados funcionários por “lançar suspeitas” contra agentes deslocados da Secretaria de Inteligência e contra o colaborador de Nisman que lhe emprestou a arma encontrada junto a seu corpo, Diego Lagomarsino.

Nisman, que investigava o atentado de 1994 contra a associação mutual judaica Amia, foi achado morto com um tiro na cabeça em seu apartamento em 18 de janeiro, quatro dias após denunciar Cristina por suposto acobertamento dos iranianos acusados desse ato terrorista. EFE

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