Juízes descartam hipótese de motivação sexual em morte de Meredith Kercher

  • Por Agencia EFE
  • 29/04/2014 13h57

Roma, 29 abr (EFE).- Os juízes do Tribunal de Apelação de Florença, na Itália, descartaram que o assassinato de Meredith Kercher tenha tido uma motivação sexual, assinalando que a americana Amanda Knox e o italiano Raffaele Sollecito, supostos autores do crime, pretenderam apenas “humilhar” a jovem britânica.

Segundo as informações publicadas nesta terça-feira na imprensa local, esta foi a tese defendida pelos juízes na audiência realizada no último dia 30 de janeiro, na qual Amanda e Sollecito foram condenados a 28 anos e 25 anos de prisão, respectivamente.

Ambos os condenados se encontravam no local do crime na tarde do assassinato, acompanhados, além disso, pelo marfinense Rudy Guede.

Os juízes apontam que as motivações do assassinato estão relacionadas ao clima na república de estudantes, já que “não havia simpatia recíproca” entre as jovens britânica e americana.

Segundo a reconstrução dos fatos, Amanda, que havia consumido entorpecentes, convidou o marfinense ao apartamento, mas seu comportamento “pouco educado” irritou a britânica, que, por sua vez, cobrou explicações de sua companheira de apartamento, a principal acusada desta midiática tragédia.

Este fato gerou uma forte discussão entre ambas as moradoras, a qual acabou com o estupro e assassinato de Meredith.

Segundo as fontes, o encarregado pelo estupro foi Guede, “encorajado pelo instinto sexual”, enquanto Amanda e Sollecito seguravam a vítima com a intenção de “humilhá-la”, até a americana apunhalar o pescoço da rival.

Desta forma, os juízes de Florença rejeitaram e qualificaram de “pouco crível” a tese que aponta que os quatro jovens teriam participado de uma orgia com trágicas consequências.

O caso ocorreu durante a noite do primeiro de novembro de 2007, quando a jovem britânica Meredith Kercher, de 21 anos, foi assassinada em seu domicílio de Perugia, cidade na qual estudava graças a uma bolsa de estudos. EFE

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