Justiça argentina pede que empresas de pesquisa divulguem metodologias

Buenos Aires, 30 jul (EFE).- A Câmara Nacional Eleitoral da Argentina exigiu nesta quinta-feira que as empresas pesquisadoras apresentem perante esse tribunal as metodologias que utilizam para suas enquetes eleitorais, quando faltam poucos dias para as primárias presidenciais de 9 de agosto.

O tribunal disse que, do total de empresas incluídas no registro de Enquetes e Pesquisas de Opinião da Câmara, apenas oito apresentaram as fichas técnicas correspondentes às enquetes realizadas por causa do processo eleitoral deste ano, que terminará com os pleitos presidenciais de outubro.

A exigência da Justiça eleitoral é feita depois da polêmica suscitada pelas enquetes de tendência de votos divulgadas antes do segundo turno para a eleição de prefeito na cidade de Buenos Aires, realizada no último dia 19.

Segundo as pesquisas, esse pleito seria vencido pelo candidato conservador Horacio Rodríguez Larreta por uma diferença sobre seu rival, Martín Louesteau, de entre 10 e 20 pontos percentuais, mas finalmente a vantagem resultou ser de apenas 3,3 pontos.

Para a Câmara Nacional Eleitoral, “o exíguo número de relatórios técnicos apresentados pelas empresas de enquetes e pesquisas de opinião, que não condiz com a quantidade de medições divulgadas por diferentes meios de comunicação à opinião pública”, priva “a população da informação sobre a metodologia utilizada na elaboração das enquetes já publicadas”.

Segundo afirmou o Centro de Informação Judicial, o tribunal pediu ao parlamento que “avalie a possibilidade de revisão do regime vigente” na lei eleitoral argentina a respeito do trabalho das pesquisadoras “para dotá-lo de meios adequados e procedimentos efetivos” para a “correta observância” das normas. EFE