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Justiça colombiana condena a 10 anos “hacker” que espionou processo de paz

Bogotá, 10 abr (EFE).- A justiça da Colômbia condenou nesta sexta-feira a dez anos de prisão o hacker Andrés Sepúlveda, que confessou vários delitos, entre eles espionar o processo de paz entre o governo e as Farc que acontece em Havana.

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Ele fez um acordo com a promotoria pela pena em troca de sua colaboração.

Sepúlveda foi considerado culpado de cinco crimes, entre eles os de intercepção ilegal e espionagem. Além da pena, ele terá que pagar uma multa de 120 salários mínimos mensais.

O hacker foi detido em maio de 2014 após ser ligado a escritórios clandestinos que faziam intercepções ilegais, entre elas uma que tinha como objetivo sabotar o processo de paz.

Ele tinha sido contratado há alguns meses pela campanha do então candidato à presidência da Colômbia, Óscar Iván Zuluaga, do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente e agora senador Álvaro Uribe.

Antes da sentença, Sepúlveda leu um comunicado no qual afirmou não pedir desculpas às Farc, mas sim às Forças Militares e à polícia da Colômbia.

“Lamento profundamente o prejuízo que causei. Lamento a cada dia o (prejuízo causado ao seu) bom nome e à honra deles”, destacou.

Também pediu perdão a “todas as pessoas que participaram do processo investigativo”, aos promotores, à Polícia Judiciária, aos advogados e aos juízes.

Sepúlveda interceptou comunicações de negociadores das Farc, do líder máximo da guerrilha, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, e da ex-senadora liberal Piedad Córdoba, entre outros. EFE

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