Justiça venezuelana ordena prisão do dirigente opositor Leopoldo López

  • Por Agencia EFE
  • 13/02/2014 11h43
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Caracas, 13 fev (EFE).- Um tribunal de Caracas emitiu uma ordem de prisão contra o dirigente opositor Leopoldo López pelos incidentes registrados ontem ao término de uma manifestação em Caracas, nos quais duas pessoas morreram e várias ficaram feridas, informou nesta quinta-feira o jornal “El Universal” em seu site.

De acordo com o jornal, que cita fontes judiciais, a juíza Ralenys Tovar Guillén aceitou um pedido do Ministério Público (MP) para prender López na noite da quarta-feira e, inclusive, já teria ordenado sua captura ao Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin).

Na ordem número 007-14, a funcionária manda capturar López para ser processado por uma série de delitos, como formação de quadrilha, instigação a delinquência, intimidação pública, incêndio em edifício público, danos à propriedade pública, lesões graves, homicídio e terrorismo, assinalou o jornal.

Uma fonte do Partido Vontade Popular, liderado por López, indicou à Agência Efe que, por enquanto, têm conhecimento da ordem de prisão somente pela publicação do jornal e que não receberam nenhuma notificação formal.

De acordo com a fonte, López se encontra reunido com seus advogados “avaliando a situação”.

Pelo menos três pessoas morreram na jornada de manifestações que foi registrada ontem em Caracas e em outras várias cidades da Venezuela, a maioria delas convocada por grupos opositores contra o governo de Nicolás Maduro.

A manifestação no centro de Caracas, que se mostrava contra a situação econômica, a política de Maduro e as recentes prisões de estudantes por distúrbios no oeste do país, começou de maneira pacífica, mas acabou em violentos confrontos que resultaram na morte de duas pessoas.

Uma terceira vítima também foi registrada poucas horas depois em Chacao, município do leste de Caracas. De acordo com o prefeito da cidade, Ramón Muchacho, esta ação possui ligações com “grupos irregulares”. Além das mortes registradas, 23 pessoas ficaram feridas e outras 25 foram detidas pelos incidentes em todo o país.

Ontem, em um rápido discurso, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, repudiou os atos violentos e afirmou que tanto os autores materiais como intelectuais estão sendo registrados. EFE

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