Kerry diz estar negociando com a Rússia implementação total de Minsk

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2015 20h32
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Toronto (Canadá), 24 abr (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta sexta-feira que estão desenvolvendo conversas com a Rússia sobre “como implementar totalmente” os acordos de Minsk, assinados em fevereiro.

Durante uma entrevista coletiva em Iqaluit, no Ártico canadense, onde hoje aconteceu a reunião do Conselho Ártico, Kerry declarou que “existem diferenças de opinião que surgiram na última reunião de Normandia há uma semana que estamos tentando solucionar”.

“O que se expressou é nossa esperança de que a porção política de Minsk vai avançar. Confrontei muito diretamente (o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov) sobre comboios, as inspeções da OSCE, a presença tanto de equipamento como de pessoal militar ainda não retirado e algumas das áreas onde há enfrentamentos”, continuou.

Kerry, que se referia a uma conversa telefônica com Lavrov nesta quarta-feira, acrescentou que espera que o diálogo “progrida através de outros canais nos próximos dias para conseguir a total implementação de (os acordos de) Minsk porque é claro neste momento que não se cumpriram de forma suficiente”.

O secretário de Estado também se referiu à situação no Iêmen e justificou os ataques militares das forças sauditas contra os rebeldes houthis.

Na terça-feira, a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita anunciou a suspensão da operação “Tempestade de Firmeza”, que bombardeou posições dos houthis durante quase quatro semanas.

Mas apesar do anúncio da suspensão, e de os houthis terem solicitado na quinta-feira o reatamento do diálogo político, as forças sauditas continuaram a atacar alguns pontos do Iêmen em que havia milicianos xiitas.

Kerry disse que “infelizmente”, desde o anúncio da suspensão da operação militar saudita, “os houthis se movimentaram e atacaram as forças sauditas”, e os soldados de Riad responderam.

O secretário de Estado assinalou que é necessário “os houthis irem para a mesa de negociações” para acabar com os enfrentamentos armados. EFE

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