Kerry diz que viajará para Cuba “quando for apropriado” para abrir embaixada
Washington, 21 jan (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta quarta-feira que viajará para Cuba “quando for apropriado” para abrir formalmente uma embaixada americana em Havana, mas que ainda restam alguns passos a dar na normalização de relações antes de realizar essa visita histórica.
“Estou preparado, no momento adequado, para reunir-me em algum lugar com meu colega, o ministro das Relações Exteriores (Bruno Rodríguez). Falamos várias vezes por telefone e nos reuniremos quando for apropriado”, disse Kerry aos jornalistas após um encontro com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
“E quando seja o momento, quando seja apropriado, estou preparado para viajar para Cuba para abrir formalmente uma embaixada e começar a avançar. Mas temos algumas coisas a conseguir antes de chegar a isso”, acrescentou Kerry.
A secretária de Estado adjunta dos EUA para a América Latina, Roberta Jacobson, se transformou hoje na funcionária americana de maior categoria a visitar a Cuba castrista, ao chegar a Havana para conversas sobre migração e sobre a normalização de relações anunciada por ambos países no último dia 17 de dezembro.
No diálogo sobre o reatamento dos laços diplomáticos, que começará nesta quinta-feira, Estados Unidos e Cuba abordarão a reabertura de suas respectivas embaixadas em Havana e Washington, fechadas em 1961 como consequência da ruptura de relações.
“Há várias coisas que temos que negociar, como a suspensão de restrições de viagem aos diplomatas e a eliminação dos limites ao número de pessoal diplomático”, afirmou Kerry.
“Necessitamos de um acesso livre dos cubanos à missão, da mesma forma que proporcionaremos livre acesso à missão cubana aqui em Washington aos americanos ou a qualquer um que chegue”, acrescentou.
Kerry ressaltou que esses acordos requerem um “consentimento mútuo”, e assegurou que a delegação liderada por Jacobson se esforçará para conseguir esse objetivo.
“Esperamos que a política de normalização nos ponha em uma posição mais forte para impulsionar nossos interesses e valores e para empoderar o povo de Cuba”, concluiu o chefe da diplomacia americana. EFE
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