Kerry pede compromisso ao novo governo de unidade no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 27/09/2014 13h17

Washington, 27 set (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, expressou neste sábado seu apoio ao novo governo de unidade do Afeganistão, ao mesmo tempo que pediu que cumpra com as reformas prometidas para consolidar a estabilidade no país.

O secretário lembra em artigo de opinião no “Washington Post” que na segunda-feira o Afeganistão inaugurará um novo governo que marcará “a primeira transferência democrática do poder na história do Afeganistão e a primeira transição de poder pacífica em mais de 40 anos”.

O presidente eleito do Afeganistão, Ashraf Gani, presidirá um governo de união nacional no qual o derrotado Abdullah Abdullah será o chefe do Executivo, uma nova figura criada em virtude de um acordo assinado após meses de disputa pelo resultado eleitoral.

Kerry assinalou que “não foi fácil chegar a este momento”, mas ambos “antepuseram os interesses de seu país” para conseguir um governo de união nacional, ao mesmo tempo que avaliou a “coragem” da população afegã que foi às urnas em abril e junho, para o segundo turno, “desafiando as ameaças dos talibãs”.

Com relação ao futuro do país, Kerry assegurou que “o novo governo está construído em uma visão comum de reformas econômicas, governo honesto, segurança e paz”.

“Essas promessas devem se transformar agora em ações”, enfatizou o secretário de Estado, que indicou que “as decisões difíceis entre os afegãos não acabam com o governo de união nacional e com a posse, de fato, é só o princípio”.

Neste sentido, Kerry disse que o governo afegão enfrenta “grandes desafios econômicos e de segurança”, por isso pediu a ambos líderes que realizem as reformas prometidas e assinem um acordo bilateral “que dê o marco legal para que os Estados Unidos continue treinando e assessorando às forças de segurança afegãs, para que o Afeganistão não volte a ser um paraíso para os terroristas”.

O secretário de Estado assinalou que as conquistas conseguidas na última década “não devem ser perdidas” e os “próprios afegãos devem se comprometer a governar desinteressadamente, como os americanos lutaram e se sacrificaram por e com eles nos últimos 10 anos”.

“Nosso trabalho agora é apoiar um Afeganistão para os afegãos e seguir comprometidos com um país de pessoas que acham em um futuro melhor com um governo inclusivo que governa para todos”. EFE

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