Kerry pede que Congresso aprove uso de força para mostrar “união” contra o EI

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2015 13h51

Washington, 11 mar (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu nesta quarta-feira para que o Congresso mostre “união” contra o Estado Islâmico (EI) ao aprovar a proposta do presidente Barack Obama para o uso da força contra o grupo jihadista no Iraque e na Síria.

“Nossa nação é mais forte, sempre foi, quando atuamos juntos”, ressaltou Kerry durante uma audiência com o Comitê das Relações Exteriores do Senado, convocada para analisar a proposta de Obama, que estabelece um limite de três anos para o uso da força militar e descarta “operações de combate terrestre em grande escala e a longo prazo”.

Também participam da audiência o secretário de Defesa, Ashton Carter, e o chefe do Estado-Maior Conjunto americano, o general Martin Dempsey.

Até agora, o governo de Obama baseou os ataques contra o EI no Iraque e na Síria em uma “autorização para o uso da força militar” (AUMF, em inglês) de 2001 e em outra norma de 2002, para o Iraque, que o então presidente, George W. Bush, usou para fazer ataques contra terroristas no exterior.

Com a nova proposta, o que Obama busca é “uma autorização apropriada” para a situação atual, segundo afirmou Kerry aos senadores. A autorização colocada por Obama “fornece os meios para que os Estados Unidos e seus representantes falem com uma única e poderosa voz neste momento crucial”, disse o secretário de Estado.

Kerry enfatizou que, apesar de os “ataques selvagens” dos jihadistas continuarem, foi iniciado um processo para “cortar” os abastecimentos e finanças do grupo, capturar os líderes e conter o recrutamento de combatentes estrangeiros.

A proposta de Obama “possui certas limitações que são adequadas à natureza desta missão”, mas ao mesmo tempo “proporciona a flexibilidade que o presidente precisa para dirigir uma campanha militar bem-sucedida”, comentou.

O presidente do comitê, o senador republicano Bob Corker, questionou no começo da audiência as limitações da nova AUMF, tanto na duração como nas operações permitidas. Segundo Corker, os democratas no Congresso também não apoiam a proposta de Obama do jeito que está redigida.

“Precisamos saber que operações de combate poderiam ser realizadas pelas tropas americanas em terra no Iraque e Síria. O que eu não farei, e não acho que os democratas estejam dispostos a fazer, é dar a Obama ou qualquer outro presidente uma autorização aberta para a guerra. Um cheque em branco”, disse o senador democrata Robert Menéndez. EFE

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