Líder de jihadistas detidos na Espanha planejou atentar contra livraria judia

  • Por Agencia EFE
  • 10/04/2015 13h51

Madri, 10 abr (EFE).- O suposto líder da célula jihadista desarticulada no nordeste da Espanha nesta semana, conhecido com Aalí El Peluquero, planejou atentar contra uma livraria judia na cidade de Barcelona, segundo um juiz espanhol que decretou nesta sexta-feira a prisão do articulador, assim como de outros seis envolvidos.

Em seu auto sobre o caso, o juiz da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz, ordenou o envio à prisão de sete dos 11 detidos nesta semana em vários locais da região da Catalunha, enquanto deixou em liberdade outros três, com medidas cautelares. O último, por ser menor, irá para um centro de reforma.

Segundo o auto do juiz, o suposto líder, o espanhol Antonio Sáez Martínez que passou a se chamar Aalí, propôs em reunião do grupo atentar na Espanha e, segundo testemunhas protegidas, esteve a ponto de colocar uma bomba em uma livraria judia de Barcelona, supostamente com seu conhecido de ideologia nazista Diego José Frias, que também foi preso.

Nas reuniões, Aalí teria proposto atentar contra diferentes alvos como sinagogas e locais judeus, assim como contra forças e corpo de segurança do Estado e o parlamento regional da Catalunha, para o qual sugeriu que poderiam usar uma caminhonete na qual eles fossem camuflados com armas longas e granadas de mão.

Aalí também propôs, segundo as testemunhas, atacar “os peixes gordos”, referindo-se, segundo o auto judicial, “ao assassinato de políticos e ataques a escritórios oficiais tais como o parlamento”.

A célula, autodenominada Fraternidade Islâmica para a Pregação da Jihad, liderada por Aalí, e para a qual já tinham desenhado um logotipo (uma metralhadora e um facão), planejava também, a efeitos de financiamento, sequestrar a diretora de uma entidade financeira para pedir um resgate, segundo fontes da Promotoria da Audiência Nacional espanhola.

Os detidos contavam com um “arsenal bélico” composto por uma granada em perfeito estado, armas de fogo, facas de grandes dimensões, um facão guardado em um estojo, assim como manuais manuscritos para a fabricação de artefatos explosivos.

Também foram confiscadas substâncias com as quais é possível fabricar explosivos, como enxofre e nitrato potássio. EFE

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