Líderes da UE descartam novas negociações políticas com a Grécia

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2015 22h26
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Bruxelas, 26 jun (EFE).- Os líderes europeus deixaram claro nesta quinta-feira que não querem mais uma nova reunião para negociar um acordo com a Grécia, porque cabe aos ministros de Finanças e de Economia da zona do euro chegarem a um compromisso, e só devem se reunir para avaliar “como proceder” se um acordo fracassar.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, informou aos líderes do resultado da reunião extraordinária de ministros de Economia e Finanças, que acabou hoje novamentesem acordo.

Mais da metade dos primeiros-ministros e presidentes da União Europeia (UE) discursaram depois.

“Eles deixaram claro que isto não deveria ser negociar no nível dos chefes de Estado e de governo, mas no dos ministros de Finanças, por várias razões”, assinalaram fontes europeias.

Alguns líderes apontaram motivos políticos, porque no caso de outros países que tinham um programa de assistência financeira não houve esse tipo de encontro, outros afirmavam que era uma questão técnica demais para os líderes e terceiros indicavam que não há base para debater por causa da ausência de um documento pactuado entre a Grécia e as três instituições (a CE, o BCE e o FMI), explicaram.

Por isso também não querem realizar uma cúpula, como havia sido especulado, enquanto outros foram mais taxativos e afirmaram que “não haverá eurocúpula”, recalcaram outras fontes.

Os líderes não abordaram a questão de um “plano B” caso não haja acordo este sábado, quando os ministros de Economia e Finanças realizarão uma nova reunião do novo Eurogrupo, mas o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse que se os chefes de Estado e de governo discutirem Grécia, será só para “ver como proceder a partir daí” e não para negociar.

Segundo outras fontes também o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, também disse que não há motivo para uma eurocúpula para a negociação.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, também defendeu deixar nas mãos das instituições e dos ministros o trabalho de negociar e chegar a um compromisso, porque não queria abordar este tema na cúpula ordinária, destinada a outros temas, como a migração.

O debate sobre imigração atrasou várias horas por causa do debate sobre a Grécia e agora está bloqueado pelas divergências entre os países. EFE

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