Líderes de SCO acordam reforçar luta contra terrorismo e outras ameaças

  • Por Agencia EFE
  • 10/07/2015 15h25
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Ufa (Rússia), 10 jul (EFE).- Os chefes de Estado da Rússia, China, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão, que formam a Organização de Cooperação de Xangai (SCO), acordaram nesta sexta-feira reforçar a luta comum contra os desafios de segurança regionais e globais.

Ao término da cúpula realizada na cidade de Ufa, os líderes adotaram uma Declaração na qual expressam a “grave preocupação pela enorme expansão do terrorismo e do extremismo internacionais, e a união de forças entre diferentes grupos terroristas”.

Por isso, foi adotada também uma estratégia de desenvolvimento da organização até 2025 e um programa de cooperação para o triênio 2016-2018 para lutar contra o terrorismo, o separatismo e o extremismo.

Os países se compromoterem, além disso, a “dedicar esforços para resistir à divulgação de ideias extremistas, especialmente entre os jovens”.

Os líderes deram sinal verde ao início do processo de adesão da Índia e Paquistão, e após isso elogiaram o desejo do Irã de se somar à organização, embora o vincularam ao êxito das negociações internacionais sobre o programa nuclear iraniano.

“Confiamos que a normalização da situação em torno do programa nuclear iraniano impulsionará a cooperação entre Irã e a SCO, e criará as condições para estudar sua adesão como membro” da organização, diz o documento adotado.

Os países destacaram que um acordo entre Teerã e o Grupo 5+1 (Rússia, Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Alemanha), que negociam nestes dias em Viena, “reforçará o regime de não-proliferação de armamento nuclear e contribuirá para reforçar a paz e a estabilidade na região”.

“Estamos convencidos de que o desenvolvimento unilateral e ilimitado de sistemas antimísseis por Estados e grupos de Estados atenta contra a segurança internacional e desestabiliza a situação no mundo”, embora não fazem referência diretamente aos Estados Unidos.

O documento acrescenta que “a segurança dos Estados não deve ser conquistada às custas da segurança de outros países”.

Em referência às sanções impostas à Rússia pelo Ocidente por seu papel na guerra da Ucrânia, os líderes da SCO “consideram inaceitável o emprego sem a aprovação da ONU de medidas restritivas que limitam a cooperação econômica e comercial como instrumento de pressão contra os Estados”.

Sobre o conflito em si mesmo, os países seguem “pisando em ovos” na declaração e se limitam a assinalar que a SCO se pronuncia pelo “breve restabelecimento da paz na Ucrânia sobre a base do cumprimento pleno e incondicional dos Acordos de Minsk de 2015 por todas as partes”.

Os países também apontaram a necessidade de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas que -afirmam- “deve ser realizada sem prazos artificiais e nem variantes forçadas que não contem com o amplo apoio dos países-membros da ONU”.

No curso desta cúpula foram assinados 19 documentos. EFE

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